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quarta-feira, 28 de julho de 2004

Para sul marchar!
Vamos para férias deste ano de 2004. Vamos todos para sul, como gregários que somos. E em Vila Moura lá estaremos na bicha (fila?) do pão, e na praia dos tomates na bicha para arrumar o carro e à procura de um metro quadrado para esticar a toalha e pôr a lancheira debaixo do chapéu de sol IKEA. E à noite na Marina faremos em procissão, duas horas para lá e para cá, em  frente aos restaurantes, entre o aparthotel e o barco do Herman. E esperaremos pacientemente pela nossa vez nos gelados  Holly Ice. E pela uma da manhã iremos para aquele quarto andar em mau estado que alugámos por meio ano de salários pelos 10 dias mas é uma pechincha porque é em Vila Moura e não conseguimos dormir porque os outros apartamentos do prédio têm vizinhos barulhentos. Mas vamos encontrar muita gente conhecida, o que prova que estamos no bom caminho, as minorias são sempre compostas de gente estranha que só quer o mal da humanidade, toda a gente devia ser obrigada a pelo menos 10 dias de Vila Moura para entrar nos carris, aprender boas maneiras e dar uso ao que de bom há neste país. O sol quando nasce é para todos, e para apanhar sol cada um deve aguardar o seu lugar na bicha. Quem não percebe isto pertence a uma qualquer minoria.

segunda-feira, 26 de julho de 2004

Bebés e macroeconomia
As soluções estão onde menos se espera. O governo alemão para aumentar a natalidade dos seus compatriotas abriu um elevado número de creches e infantários para  os jovens casais poderem deixar os filhos enquanto trabalham. Primeiro têm de os fazer, o que não estava a acontecer. Menos de um milhão de nascimentos no ano passado! O medo de não terem onde deixar os bebés deixará de existir e aí estará a natalidade em crescimento. Por outro lado os professores vêem invertida a taxa de desemprego. 
Os efeitos colaterais da construção de umas creches... Nós preferimos túneis e estádios de futebol que ficarão vazios a prazo.

terça-feira, 20 de julho de 2004

Amigos de Alex (2)
A propósito do capital humano e do tempo que leva a capitalizar, roubei a autor desconhecido a prosa que se segue.
“Um dia, num café, Pablo Picasso foi abordado por uma turista estrangeira. Suplicou-lhe ela que ele lhe desenhasse um pequeno esboço num guardanapo de papel. Picasso assentiu, entregou o esboço à senhora e disse que o preço era cinco mil doláres. A dama ficou aterrada e perguntou-lhe como podia ser, se ele apenas levara três minutos a fazê-lo. «Madame», respondeu Picasso, «não foram três minutos, foram trinta anos.»”

sábado, 17 de julho de 2004

Amigos de Alex (1)
Num jantar recente com amigos de sempre, do tipo amigos de Alex, concluí que há factos na vida das pessoas que as molda de forma indelével, mesmo que aparentemente pareçam factos menores. O jantar, embora de despedida de um dos presentes, era suposto ser animado. Não. Estava mais perto de ser um jantar da tropa num domingo à noite do que um repasto de folia. Qual era o facto para tal tristeza? Aquele grupo de pessoas, cultas acima da média, bem remuneradas, bem sucedidas, comentavam que sem liderança estão condenadas a desaparecer, rapidamente, como grupo. A questão é que só conseguem sobreviver como grupo e o drama é que foram gastos mais de dez anos a formá-lo.   


terça-feira, 13 de julho de 2004

Uma visão de Planeamento 

“Uma vez um caçador contratou um feiticeiro para o ajudar a conseguir a ser mais eficiente nas caçadas.

 

Passados dias, o feiticeiro entregou-lhe uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, pondo-os a dançar. Desse modo, o caçador teria facilitada a sua acção.

 

Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada em África convidando dois outros amigos caçadores. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo deparou-se com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre, que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa.

 

Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se de agressivo a manso e dançou. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com vários tiros.

 

E assim se ia passando a caçada: flauta tocada, animais ferozes a dançar, caçadores a matar. Perto do final do dia, o grupo encontrou pela frente um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. E devorou, de seguida, o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as nota musicais, mas sem resultado. O leão não  dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado.

 

Dois macacos assistiam a tudo em cima de uma árvore próxima. Um deles, observou com sabedoria:"Eu sabia que eles iam dar-se mal quando encontrassem um bicho surdo ..."

 

Moral da História:

1. Não confie cegamente em métodos que deram sempre certo; um dia podem não dar.

2. Tenha sempre planos de contingência; prepare alternativas para as situações imprevistas e  para o que poder dar errado.

3. Esteja atento às mudanças e não espere pelas dificuldades para agir.

4. "CUIDADO COM O LEÃO SURDO!"”

 

Autor anónimo

 


terça-feira, 6 de julho de 2004

Euro & Eleições 

O euro acabou como começou. Jogo entre Portugal e a Grécia, sempre com a vitória da Grécia. Os muitos jogos entretanto realizados terão sido desnecessários, face ao resultado final. Este é o dilema que se coloca ao país. Há um candidato pronto a assumir a liderança, já. Se houver eleições e se o candidato as ganha, mesmo que seja com um lance de bola parada, é difícil de explicar a utilidade do sufrágio.  

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