domingo, 26 de setembro de 2004
Post hoc
Um quarto da humanidade detém oitenta por cento da riqueza. Será isto justo? não, não é justo, dizia num tom condoído e grave o padre na missa de domingo da telefonia. Com esta apreciação feita a uma realidade de dimensão cósmica, que não está na mão do homem poder alterar, concluo que o clérigo se estava a rebelar contra o Criador.
sábado, 25 de setembro de 2004
terça-feira, 21 de setembro de 2004
Notícias
De vez em quando este blog cumpre a função para que foi criado. Um ponto de encontro entre amigos de longa data. Mas ó J. não foi só pelas paisagens que escolheste o Norte ;-)
"Olá, Folgo em saber das tuas preferencias de ferias pelas terras do Norte. Afinal um dia vais perceber porque gostei tanto destas zonas ...bela foto ;) ..."
quinta-feira, 16 de setembro de 2004
Férias batidas em Castelo
Setembro,2004 - Avô
Setembro,2004 - Avô
domingo, 12 de setembro de 2004
Véspera de Segunda-feira
Muitas vezes estão-nos a mijar em cima mas temos de fingir que está a chover.
Muitas vezes estão-nos a mijar em cima mas temos de fingir que está a chover.
sexta-feira, 10 de setembro de 2004
Ópera no trânsito
A Antena 2 é a minha rádio nas manhãs de trânsito. A comoditização da desgraça e da política doméstica afastam-me dos noticiários. Ouvir a música de sempre ajuda-me a passar as barreiras de carros e outras barreiras. Hoje ouvi áreas da Traviata, de uma gravação do Teatro de S. Carlos do final da década de 50. Essa Traviata contou com o Alfred Kraus, jovem na altura, um dos tenores mais brilhantes do século XX, que cantou com uma voz claríssima até aos 70 anos. Também nesta Traviata estava Álvaro Malta um médico obstreta, hoje assim conhecido, mas naquele tempo era um baixo com uma carreira escancarada à sua frente, que foi interrompida pela tropa que o mandou como médico para Moçambique. Cristina de Castro fazia naquela Traviata um papel já importante; a professora de canto em que se tornou é hoje respeitada mesmo fora do meio. E outros, muitos, que tive o gosto de conhecer. No meio do coro e na ingenuidade dos meus, então, onze anos de idade estava longe de prever que aquela Traviata em que eu entrava como contralto coralista me iria ajudar quarenta e tal anos depois, numa manhã de Setembro, a ultrapassar a neura matinal.
A Antena 2 é a minha rádio nas manhãs de trânsito. A comoditização da desgraça e da política doméstica afastam-me dos noticiários. Ouvir a música de sempre ajuda-me a passar as barreiras de carros e outras barreiras. Hoje ouvi áreas da Traviata, de uma gravação do Teatro de S. Carlos do final da década de 50. Essa Traviata contou com o Alfred Kraus, jovem na altura, um dos tenores mais brilhantes do século XX, que cantou com uma voz claríssima até aos 70 anos. Também nesta Traviata estava Álvaro Malta um médico obstreta, hoje assim conhecido, mas naquele tempo era um baixo com uma carreira escancarada à sua frente, que foi interrompida pela tropa que o mandou como médico para Moçambique. Cristina de Castro fazia naquela Traviata um papel já importante; a professora de canto em que se tornou é hoje respeitada mesmo fora do meio. E outros, muitos, que tive o gosto de conhecer. No meio do coro e na ingenuidade dos meus, então, onze anos de idade estava longe de prever que aquela Traviata em que eu entrava como contralto coralista me iria ajudar quarenta e tal anos depois, numa manhã de Setembro, a ultrapassar a neura matinal.
segunda-feira, 6 de setembro de 2004
Fundos com fungos
Pois é meus caros amigos especialistas da “indústria” financeira, começo a ficar apreensivo com a quantidade de fundos que proliferam por aí. Até há pouco tempo isto não tinha nada que saber para um leigo: “vai pelos fundos se não vais ao fundo”. Agora quando parece haver no mercado mais fundos do que títulos, como vamos decidir? Já aparecem brokers e quejandos a oferecer ferramentas de análise e de apoio à decisão do investidor, mas se só na Suécia há mais de 600 fundos, serão estes instrumentos de alguma utilidade ou estaremos a tentar secar o Oceano com um copo?