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sábado, 29 de janeiro de 2005

Globalização (4)
O sol brilhará para todos nós. Claro que haverá sempre alguém à sombra, e não me refiro a Custóias nem a Pinheiro da Cruz, mas ao princípio geral de que onde há sol, há sombra. Vidé as praças de touros. As oportunidades criadas pelo protocolo de Quioto não são de desprezar. Isso é muito claro, muito claro. Bom, também temos a estratégia de Lisboa. Com sucesso garantido depois de ajustada; a Europa vai dar cartas. E Davos pá, Davos é o expoente do nosso mundo, do mundo civilizado. Davos, onde se arranjam uns cobres para causas e se discutem os grandes temas da actualidade. Pá, isto está a mexer. Claro que temos umas sondagens desajustadas dos gostos de cada um, pá. O que vale é que as sondagens têm um dedinho do Pinóquio. Esse ser que não chega a ser por ser de madeira. De madeira, pá, não da Madeira. Vamo-nos rir quando prenderem o Pinóquio. Esperemos que não o confundam com a Branca de Neve, lá ficavam os sete anões órfãos. Não vale a pena desanimar porque eles falam, falam, falam e enquanto falam nós vamos tendo o nosso tempo para falar, falar, falar, pá. Do protocolo de Quioto, da estratégia de Lisboa, das sondagens, da Maia com uma lágrima ao canto do olho.

terça-feira, 25 de janeiro de 2005

Globalização (3)
A reunião de um candidato a primeiro ministro com os agentes de um futuro choque tecnológico comoveu-me. Lá estavam as globais Cisco, HP, IBM e todos os outros. Lá estavam os Partners das globais de Consultoria. Os mesmos de sempre. Vieram-me as lágrimas aos olhos com tamanho acto de humildade da globalidade social. Afinal o presidente da junta de freguesia do meu canto beirão tinha uma visão de futuro quando no dia 26 de abril de 1974 se apressou a informar o povo, ditando para acta dos tempos: “eu sempre estive, estou e estarei com todos os governos”. Pensar global, agir local, claro.

domingo, 16 de janeiro de 2005


Coincidências Posted by Hello

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Empresas familiares
É uma empresa do Norte que foi bem gerida até há bem pouco tempo. O empresário relativamente jovem, entre os 50 e os 60 anos, está um dia na praia, vai até à beira mar e com a água pelos tornozelos, atrapalha-se com uma onda mais forte, cai desamparado e afoga-se. Simplesmente assim. A empresa tinha mais de mil empregados. Os quadros eram fracos porque o carisma do Norte não permite a veleidade de alguém querer mandar quando há patrão. A partir de então a empresa fica nas mãos de uma filha dada às literaturas que lhe redefine a missão. Passa a editar livros. Muitos títulos são de autores desconhecidos a quem quer dar uma hipótese. Descapitaliza-se e definha. Tem agora trezentos empregados e continua a definhar. Os quadros entram e saem a um ritmo proporcional ao (mau) humor da patroa que não sabe gerir. A morte de um patrão é também a morte da empresa. E o horror para muitas famílias.

domingo, 9 de janeiro de 2005

Globalização (2)
Os holandeses dizem que o seu país vive com um problema de poluição grave. Importam rações, engordam porcos, exportam a carne para todo o mundo e ficam com a merda. Dizem isto acompanhado de uma boa gargalhada. É claro que a Holanda tem este problema, mas o valor acrescentado com que fica é bem mais valioso que os excrementos dos bácoros. Daí a gargalhada
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

Globalização (1) - A retoma em 2005
Uma multinacional abre uma filial num país da União Europeia. A partir daí pode actuar como empresa europeia no espaço da União. Compra uma fábrica em Portugal. Os custos de fabricação não são elevados, mas são redundantes em relação aos de outro país, mais ou menos vizinho, que tenha capacidade de produção excedentária. Fecha a fábrica em Portugal, mantém a marca, às vezes nem isso, retém a rede de distribuição e reduz a 10% o pessoal. Nasce um problema social sem solução. Sinal dos tempos, é a globalização. Entretanto o mercado e a concorrência (a mão invisível) acabarão por restabelecer o equilíbrio. Simples!

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