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sábado, 30 de abril de 2005

Ao sabor do teu saber
Às vezes
Deixo
Cair
Uma
Letr
a
Treta dizes
E percebes o sentido
Vês galinholas em perdizes
E num campo de papoilas
Insistes: são manjericos
Afinal até há salsa
Mas pronto são manjericos!


segunda-feira, 25 de abril de 2005


Innsbruck, Áustria, Abril de 2002. Razões de viver ou equíbrio às vezes.  Posted by Hello

segunda-feira, 18 de abril de 2005


Esta missa acabou
Tínhamos tempo. Éramos jovens, solidários, amigos. A conversa fluía pela noite ao sabor da política ou da literatura, do futebol ou do ensino. Os pontos de vista quase sempre próximos não encurtavam a discussão na ânsia de aprofundar mais um tema ou criticando a diferença entre o pensar e o agir. Havia tempo, mesmo que as horas de cavaqueira fossem roubadas ao sono. E no dia seguinte lá voltávamos à conversa, sem rumo, caótica, sobre a crónica do Mário Castrim ou sobre a intromissão de mundos estranhos no futebol. As vidas corriam atravessadas por África e Vietnames.
Uma revolução trouxe outras conversas e demarcou fronteiras.
As diferenças eram anuladas pelo debate, vivo e inflamado, mas o tempo sobrava para emprestar a plenários e “manifs”. As prioridades eram claras e os amigos estavam em primeiro lugar. Depois vieram o poder e os cargos de responsabilidade, os doutores e os motoristas e as tertúlias foram ficando sem animadores. Um telefonema passou a ser respondido com seis meses de atraso (Sabes lá, pá, trabalho catorze horas por dia e não vejo o meu filho durante a semana, aqueles gajos querem fazer greve, rebentam com isto, podemos almoçar daqui a, deixa ver, três meses?) e a vermo-nos ao longe, em cerimónias de plástico (continua marcado o nosso almoço, pá). Por fim e por agora chegaram os lugares após poder. Com tempo, sem assunto, sem entusiasmo e com angústia. O Mário Castrim finou-se, o futebol já é um mundo estranho e acertámos o passo entre o pensar e o agir. Já dissemos tudo: Ite missa est.
Posted by Hello

terça-feira, 12 de abril de 2005

SLOW vs FAST
Este é um texto um pouco longo, e constava de um daqueles mails que nos enviam e que não costumamos ler. Leia este quando tiver tempo! Vale a pena.

"(...)

A surpresa, porém, é que esse movimento SLOW FOOD serve de base a um movimento mais amplo chamado SLOW EUROPE, como salientou a revista Business Week na sua última edição europeia. A base de tudo, está no questionar da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraponto à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, (35 h / semana) são mais produtivos que os seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram a semana de 28,8 horas de trabalho, viram a sua produtividade crescer nada menos que 20%.
Esta chamada "slow atitude" está a chamar a atenção, até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já).
Portanto, esta "atitude sem pressa" não significa, nem fazer menos, nem menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos pormenores e com menos "stress". Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e real, em contraste com o "global" - indefinido e anónimo. Significa a retoma dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do quotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde os seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Gostaria que vocês pensassem um pouco sobre isto.
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou "A pressa é inimiga da perfeição" já não merecem a nossa atenção, nestes tempos de loucura desenfreada? Será que as nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem pressa", até para aumentar a produtividade e qualidade dos nossos produtos e serviços, sem a necessária perda da "qualidade do ser"? No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível. Um personagem cego, interpretado por Al Pacino, convida uma moça para dançar e ela responde-lhe:
- Não posso, porque o meu noivo deve chegar dentro de poucos minutos.
- Mas, num momento, se vive uma vida. (responde ele, conduzindo-a num passo de tango).
Esta pequena cena é, para mim, o momento mais marcante do filme.
Algumas pessoas correm atrás do tempo, mas parece que só o alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que existe.
TEMPO, toda a gente tem, por igual. Ninguém tem mais, nem menos, que 24 horas por dia. A diferença é O que cada um faz do seu tempo. Precisamos de saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, "A vida, é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".
Parabéns por ter lido até o fim. Muitos não leram esta mensagem até ao fim, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita até que ponto vale a pena deixar de "curtir" a sua família, ou os seus amigos. Deixar de estar com a pessoa amada, ou passear na praia no fim de semana. Amanhã, poderá ser tarde demais.
Uma Boa Semana a todos(as)!!!"

Autor anónimo



IBM 1401 - O computador dos anos 60 do Século XX. Da esquerda para a direita: Leitor de Cartões, Unidade Central, Impressora, 4 Unidades de Bandas Magnéticas Posted by Hello

domingo, 10 de abril de 2005

O tempo
Omnia fert aetas, animum quorque
que é como quem diz: a idade destrói todas as coisas, incluindo o ânimo.
O dito é de Salazar em "O Diário de Salazar", livro de António Trabulo. Estáva-se em 1968, nesse mesmo ano, a 3 de Agosto, o ditador cai da cadeira.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Pato Louco
Chamou o novo proprietário do barco de recreio que já teve outro nome. Há aqui um trade off evitável. Talvez o barco nunca deva ter tido outro nome. What do you mean? Ele há cada coincidência.

domingo, 3 de abril de 2005

João Paulo II
Tempos de mudança são estes que vivemos. Muitos milhões de pessoas nasceram durante o papado de João Paulo II e para esses, e não só, o momento é de alguma perplexidade. Muitos eventos ocorreram sob a influência deste Papa e da Igreja que tutelou de uma forma muita activa. O que há que reconhecer é foi um homem que usou o seu poder para mudar o mundo, por muitas formas, nem sempre muito católicas.
Fui ao Vaticano uma única vez na minha vida e isso aconteceu durante o seu pontificado. Não guardo da visita a melhor recordação, mas de pouco valeria falar nisso e das razões porque foi assim. Seria irrelevante face à grandeza deste Homem.

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