quinta-feira, 30 de junho de 2005
Já agora cá vão as outras seis chaves: conter o âmbito, controlar o risco, conhecer o trabalho e o calendário, gerir os stakeholders, fazer com que o cliente tire vantagens e por último conseguir benefícios para a nossa organização. Não consta que gerir projectos seja passar o tempo no El Corte Inglés. Até na capital do Peru qualquer sofia sabe isto.
quinta-feira, 23 de junho de 2005
E com "bonecos" destes, a bolha encheu. O "New space" em que muitos acreditavam foi um miragem. Quem tanto sabia de risco caiu no engodo. Re-inventaram-se, nas sedes de Londres e Nova Iorque das big 5 as "Client Need". Ainda estamos a pagar.
segunda-feira, 20 de junho de 2005
I wanna a job
Banalidades
Neste tempo de arrastões e manifs com finalidades que se entendem mas não se justificam, pergunto-me para onde vamos. Sei que é pergunta de velho. Um jovem não põe uma questão destas, tem o tempo todo da vida para remediar as coisas.
Eu era jovem, quando nos anos 60 do século passado (!) Maria Rosa Colaço, professora do ensino primário, reuniu num livrinho - “A Criança e a Vida” - poesias e histórias de meninos das ruas e dos bairros de lata da margem sul de Lisboa. Poderiam ter sido escritos por qualquer um daqueles meninos que hoje são da Cova da Moura - na altura inexistente - ou da Pedreira os Húngaros, ou, ou.
No livrinho havia a melhor definição de amor de que tenho lembrança, que foi objecto de um poster que havia por todo o lado: “O amor é um pássaro verde, num campo azul, no alto da madrugada”. O autor: Vítor Barroca Moreira. Idade: nove anos. Havia outros poemas como o do Inácio da Silva Cruz, de 10 anos: “O amor é como duas borboletas que estivessem sobre uma rosa, a mais linda de todas do jardim. O amor tem que haver. Se não houvesse amor não havia nada bonito. O amor são duas estrelas a brilhar, a brilhar. A rosa e o sol são o amor. O amor é a poesia. O amor são dois passarinhos a construir a sua casinha. O amor é não haver polícias”.
O que correu mal? onde estão os campos azuis e porque é que as madrugadas são sensaboronas planícies?
domingo, 5 de junho de 2005
Roupa Inteligente
"A 64-kilobyte memory chip is now only a few millimetres across, so you could embed many of them in clothing".
E com isto aí estamos nós próximo daquilo que Nicholas Negroponte , professor do MIT vinha dizendo nas apresentações que tem feito por esse mundo fora, incluindo Portugal, desde há muito tempo: um disco de computador pode ser um botão de casaco.
O gatilho desta discussão foi o recente lançamento do iPod da Apple. Este pequeno gadget destinado a “dar música” aos seus detentores, foi concebido segundo uma ideia de look and feel minimalista: sem botões nem interruptores. Com uma simples tocar de dedos num circulo desenhado num dos lados da pequena caixa, as inúmeras funções do dispositivo vão executando as tarefas desejadas.
O passo seguinte foi a ideia de incorporar a consola virtual iPod em roupa vulgar: Done!
Aí está a discussão no mundo da tecnologia e da ciência no sentido de se incorporarem minúsculos leds nos tecidos por forma a alterarmos a nossa vestimenta sem mudarmos de fato ou vestido. As cores e os efeitos dos leds fazem o resto.
A forma de vestir vai mudar e as conversas do futuro podem ser antecipadas: “comprei umas cuecas com 128 Kb” ou “o meu sutiã está carregadinho de mails, tenho de fazer uma limpeza ao spam”. Leia os detalhes em http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn7468.