sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
De um momento para o outro click! os fazedores de opinião desataram a defender a construção de centrais nucleares. Os argumentos são estes: é uma energia menos poluente (será?); os ecologistas não querem discutir o assunto (ecologistas, então? Vamos lá a discutir mais); e o petróleo está caro (Esso, Texaco, Shell, BP, ..., não sejam gananciosos!).
Em boa verdade andamos todos baralhados. Já andávamos com a OTA e o TGV, agora temos mais um tema de preocupação: o nuclear, que passou a ser limpo; vitima do lobi verde e uma alternativa urgente à guerra que grassa nalguns dos países onde há petróleo.
Entra o regedor da minha terra: isto é uma gaita!
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
Dizem alguns observadores, jornalistas, researchers, académicos, especuladores e economistas cá do burgo:
A Vivo é um buraco para a PT. Foi uma má opção, muito datada. O Brasil não é estratégico para Portugal. É de vender.
Dizem de Espanha, toda a sorte de não especialistas:
A Vivo é um negócio bom para a Telefónica. É de manter ou reforçar a posição. O mercado brasileiro é estratégico para a operadora espanhola.
A PT tem 50% da Vivo. A Telefónica tem 50% da Vivo.
O que é mau para Portugal é bom para Espanha ou os nossos 50% da Vivo afinal estão mortos?
Quem faz fretes a quem?
domingo, 12 de fevereiro de 2006
Um poema pouco conhecido de Fernando Pessoa.
SONHO
Paro junto a um cais,
Sinto-te por entre a bruma,
Corro para ver mais,
Encontro apenas espuma.
Sento-me à borda do rio,
Acenas da outra margem.
Nado, mas é só o vazio,
Ilusão de uma miragem.
Por entre a noite te busco,
Procuro sem t'encontrar.
E tudo o que toco é musgo,
Tudo o que vejo é luar.
sábado, 4 de fevereiro de 2006
Para a História
Estive numa das sessões do Bill Gates. Ou antes numa das missas do Bill Gates. Parabéns aos organizadores, em poucos dias conseguiram casas cheias. Antes, os concelebrantes prepararam a assistência, de seguida o Papa das tecnologias oficiou a celebração. Boa organização, tempo de intervenção adequado e duas perguntas de uma conceituada jornalista.
Acho que a ciência e a tecnologia são duas alavancas importantes para o andamento da economia, e nós, alvos fáceis de alterações de estados de alma, talvez tenhamos ganho qualquer coisa com a vinda do homem. Ainda assim ficam-me duas questões a que só o futuro responderá.
A primeira: a visita não terá nada a ver com o litígio que opõe a Microsoft à União Europeia? Digamos assim, uma visita do benfeitor de um dos países que por acaso até está em apuros, não poderá querer dar sinais de que a UE tem de condescender?
A segunda: o país tem muitas e interessantes empresas que fazem software. Não me lembro de ter sido organizado nenhum evento que as promovesse. Talvez até venham a beneficiar pouco com esta festa do Gates.
É uma gaita! como dizia o Regedor da minha terra quando não entendia as coisas.
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