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quarta-feira, 31 de maio de 2006

Flor da Rosa, Alentejo Posted by Picasa

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Assunto 

Podia ser o tempo, a política, a gripe das aves.
Podia ser as escutas, os escutas, a sicuta.
Podia ser os filólogos, os filósofos, os filhotes e as filhoses.
Mas não vale a pena chover no molhado.
Hoje não há assunto. Comida a mais tira o apetite.


segunda-feira, 22 de maio de 2006

Os fins de semana

Os fins de semana estão a render mais. Os semanários já não acrescentam nada às nossas vidas. Já não estamos à espera do jornal Expresso que nos obrigava a mergulhar em temas absorventes, de deglutição difícil, em que após longas horas, com os braços dormentes, notávamos que estávamos no mesmo sítio do sofá (“tenho de trocar de sofá, esta dor no pescoço é um sinal”). Os outros semanários dizem nada. A imprensa tem vindo a pisar o risco. Inventa estórias e entra na esfera restrita do direito de personalidade. Cada vez mais o volume de papel corresponde menos a assuntos com substância. Na revista do Expresso lê-se hoje (só) o José Quitério pelo gosto pela prosa e pelo gosto pelos locais de eleição (é um ditador, o Quitério) que nos indica, para gozo dos nossos sentidos. Mas isto leva cinco minutos, temos o resto do sábado e todo o domingo para outras faenas. Obrigado Saraiva por teres deixado o jornal que lia desde o número 1. Assim, este está a ser um divórcio não litigioso.


segunda-feira, 8 de maio de 2006

Habilidades da retórica.

Num programa de debate na RTP1 sobre a situação do sistema de reformas, um Professor Universitário dizia que as carreiras profissionais longas deveriam proporcionar alguma discriminação positiva na reforma. Ele trabalhava desde os 15 anos, aos 65 teria 50 anos de contribuições para a segurança social e isso deveria ser tido em conta. A jornalista vira-se então para um ex-Ministro presente no debate e pergunta-lhe se ele também teria começado a trabalhar aos 15. Que não, ele fez a Licenciatura e a tropa, e isso fê-lo entrar tarde na vida activa. Foi feio e pareceu estar a dizer que o professor nasceu professor por isso aos 15 anos estar a bulir era mais que normal. Ele, coitadinho, teve sorte diversa por isso teve de se preparar para a vida. Analisando com cuidado as duas situações, a de privilégio foi a do ex-Ministro que pôde estar até aos vinte e cinco, vinte e seis anos a preparar-se, enquanto o Prof. teve de acumular a vida académica com o trabalho infantil.


segunda-feira, 1 de maio de 2006

Mark Twain e a Bolsa
I’d never read a Mark Twain book. I knew same details of Tom Sawyer story, that’s all.
Mas que ele tem daquelas tiradas que ficam para a eternidade, isso tem. Em 1897 o New York Journal antecipava-se ao que viria a ser a imprensa um século e tal depois: anunciava-lhe a morte com prolixos detalhes. Ele só viria a morrer em 1910. Com um tremendo humor, sobre isso disse ele: “Os relatos sobre a minha morte foram desmedidamente exagerados”.
Sobre a História tem uma saída do mesmo quilate: “A história não se repete mas às vezes rima...”.
Recordei esta última máxima ao ler um relatório de uma instituição financeira. Dizia o paper, invocando a máxima de Mark Twain, que está tudo a subir: cotações, inflação, confiança, emergentes, edges. Tudo sobe, prenúncio de borrasca nas praças? Rima com caraças!
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