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segunda-feira, 31 de julho de 2006

Odeceixe, fim de tarde, Julho de 2006


Comove qualquer um, esta harmonia entre elementos tão poderosos. O sol, o mar, a terra e o ar. O Sol a ir-se depois de um dia de grande labor. Voltará no dia seguinte. O mar na azáfama continua das marés, umas vezes irado com quem lhe quer alterar as capacidades e a soberania outras vezes quase dócil, capaz de proporcionar prazer e lazer aos seus verdugos. Mas aqui, o convívio é perfeito, sol e mar mostram uma quietude que faz esquecer do que são capazes quando se alteram.Posted by Picasa

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Também amamos lugares

Outubro de 1972. Voltava ao Algarve numa interrupção da tropa quando ainda só iam decorridos pouco mais de 6 meses de Angola e já sufocava por lá. Precisava de retornar e andar, rever os sítios e sentir os aromas, exorcizar os medos que a guerra impunha, propunha, punha. Guerra pulha. A Ilha de Armona, frente a Olhão, parecia ser o sítio certo para uns dias do descanso do guerreiro com desejos de desertor. Deserta naquele tempo, a ilha tinha uma dúzia de bungalows, a tasca do Tolinhas e a casa da Guarda Fiscal. O resto era areal, acácias e raros alemães que já tinham descoberto o paraíso. Os dias foram dia. Quando veio a noite e no Tolinhas jantavam à roda de um petromax gorduroso apenas 5 alminhas, Olhão lá longe deixando-se aperceber pelo piscar intermitente das lâmpadas amareladas, apossou-se dele uma incontrolável fobia agravada pela noite escura, pelo isolamento e pela espiral de suores, medos e mais suores. Mal raiou a dia, ala que se faz tarde, o herói esperou o primeiro barco e retomou a terra firme. 10 horas de comboio e Lisboa. A cidade que amou dessa vez como raramente voltou a acontecer.


Serenidade do povo
Agora temos de descansar. A terra deu mais uma volta e continua a mover-se, passámos o solstício de Verão – alguém notou? --, os dias já vão minguando e nós nesta correria doida atrás do tempo. Do Julho já temos pouco para gastar e Agosto vai-se num ápice, vão ver. Depois cá teremos Setembro como antecâmara de um ano de sacrifícios, da economia a pregar-nos partidas e a retoma a não ser bem como se dizia em Junho e tal, foi do turismo, da seca e dos fogos. Os vizinhos do 9º. voltarão a passear os cães já de noite, os do terceiro voltarão a queixar-se do reumático e o vizinho das próteses diz que o frio lhe causa dores. Mais uma volta estamos no Natal. Não se apressem não que não usufruem do Verão. E com esta coisa das alterações climáticas ainda começam a sentir precocemente os sintomas do pós Agosto.

domingo, 16 de julho de 2006

Coincidências

Não há como o pluralismo político e a liberdade de expressão.
Domingo 16 de Julho, 10 horas e picos da noite, no 2º canal está Pedro Pereira, Ministro da Presidência. No canal SIC Notícias está o Primeiro Ministro. Se não sabemos é porque não estamos atentos.


segunda-feira, 10 de julho de 2006

Depois do futebol vem o sol.

Quem é que pode trabalhar com um clima destes? O sol quando nasce é para todos os que o têm, e nós temo-lo. O criador deu-nos este bónus especial que não podemos renegar. Depois temos estes corpos, uns esbeltos outros nem tanto, que adoram alternar entre a transpiração nos areais da Costa da Caparica e o regelar nas águas do Atlântico que entra quase até Vila Franca de Xira, lambendo - o Atlântico, claro - com igual avidez toda a costa do rectângulo. Agosto é a casa do sol. Estamos lá quase. O futebol estava a distrair-nos do essencial deste Verão. Porventura melhorou a produtividade neste mês de jogos, porque sair para a praia comportava o risco de não estarmos no sofá à hora do match. E no entretanto da espera fazíamos qualquer coisa ao patrão. Mas já passou, fizemos boa figura e vamos poder finalmente dedicar-nos, mais de corpo do que de alma, ao normal dos nossos dias: ao sol.


sexta-feira, 7 de julho de 2006

.Volto já.
É das frases mais irritantes que se podem encontrar quando vamos de propósito a uma loja de um centro comercial. Arrumado o carro no terceiro piso, calcorreada a distância a que ficámos das escadas rolantes, chegados ao piso zero, apanhado o elevador até ao andar da loja. Finalmente lá. Para encontrarmos a loja fechada com o arreliador “volto já!”, que com frequência é um já de falência, e que por isso deveria ser “Já não volto!”.Talvez seja um sentimento idêntico aquele que alguns, poucos, frequentadores deste sítio sentem quando cá chegam e não encontram nenhuma novidade. Mas é fácil de entender que o escriba também não se sinta na obrigação de manter “esta loja” aberta e actualizada quando os leitores vão escasseando, prova de que a qualidade da mercadoria deixa a desejar. É desinteressante.
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