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terça-feira, 12 de junho de 2007

Histórias da consultoria. Por cá, quem ganhou?
As fusões de empresas dão sempre alguma confusão. Há visões, valores, processos e culturas que não se misturam com facilidade. E não se pense que prevalecem as mais consistentes. Tal como na teoria darwiniana das espécies, não vive o melhor, mas o que consegue adaptar-se. No processo da fusão das duas firmas portuguesas houve dois aspectos que se sobrepuseram aos restantes: a robustez financeira e os processos de trabalho. Eram notoriamente diferentes nas duas firmas. Uma delas estava mal, muito mal em ambos. Não conhecia a ditadura do “time sheet”, logo a facturação dos serviços não se fazia atempadamente e com rigor; o descontrolo financeiro era inevitável. Após a consumação da fusão, as discussões que se seguiram entre os responsáveis de cada uma das ex-firmas, com vista a reparar estas ineficiências, foram duras e tomaram muito tempo. A adopção de processos transparentes e disciplinadores foi entendida como o domínio de uns sobre os outros e levou a demissões. A fusão terá tido interesses e razões fortes a nível global. Cá foi a bóia de salvação para uma das firmas.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Histórias da consultoria. O nome
Entre o anúncio da fusão e a escolha do nome da nova entidade mediou algum tempo. Para o feito foram conduzidos estudos de mercado nos países em que as duas organizações tinham maior implantação. Entretanto as firmas iam reunindo para concertarem estratégias. O que nem sempre resultou bem, como o post anterior deixa ver. Os de cá estávam numa dessas reunião de estratégia, em Cascais, quando na tarde de um dia soalheiro chega a notícia daquele nome, enorme e difícil de soletrar. Nome que teve contudo uma virtude, a de reflectir a importância relativa de cada uma das organizações.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Histórias da consultoria. A fusão
Já não sei bem quando aconteceu a fusão entre a PW e a C&L, penso que terá sido em 1998. Mas do processo em Portugal retenho dois momentos. O primeiro foi quando recebi a comunicação, por telemóvel, ia na Praça de Espanha, por volta das 15h00, às 15h30 tinha uma apresentação num operador de telecomunicações de GSM. Fiquei atordoado e para recuperar dei umas cinco voltas à praça, beneficiando do tempo que os semáforos, naquele lugar, levam a mudar. O segundo momento que retenho tem a ver com o comportamento alucinante que se seguiu por parte dos C&L. Corriam de cliente em cliente, onde ambas as firmas tinham propostas de trabalho, maioritariamente de ERPs e em que a PW tinha clara vantagem, a baixar drasticamente os seus preços e a oferecer outras vantagens extra. Os C&L argumentavam, como posteriormente foi confirmado, que as empresas não precisavam de comprar caro o que podiam ter barato e feito pela firma que resultaria da fusão. O racional deste comportamento estava, pasme-se, no facto de que a firma que estivesse mais forte (melhor enxoval, diziam) no momento da combinação dominaria a outra. Andámos anos a trabalhar quase ao custo para emendar esta asneira
. A tensão subia meses antes do enlace fatal.

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