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domingo, 26 de abril de 2009

25 = 28? 

O 25 de Abril vai ficando 28 de Maio, pelo menos no que se assemelha a comemorações. Diz pouco a quem nasceu depois de 1974. O panorama dos políticos não ajuda, ia a dizer panorama político, mas são coisas distintas. Contudo muita coisa mudou depois da data que se celebra a 25 deste mês. Na parte que me toca significou o fim de 4 anos de impasse na minha vida; e onde estava eu no 25 de Abril? Em Luanda à espera de avião para Lisboa depois de terminada a comissão no Huambo e no Cassai há um mês – só viria a embarcar em 8 de Maio. A data para mim tem significado, sobretudo depois de um recente trabalho do Joaquim Furtado na televisão me ter recordado que estive num dos pontos mais "quentes" da guerrilha de Angola, o Rio Cassai, na fronteira com o Zaire e perto da Zâmbia, zona em que se cruzavam os três movimentos principais, MPLA, FNLA e UNITA e de constatar que a ignorância do que se passava nos vários movimentos, primorosamente apresentado pelo jornalista, me poupou algumas insónias. Mas acima de tudo diz-me que naquela data e por causa da reviravolta que ocorreu, e que agora se comemora, acabou a guerra para a juventude portuguesa.


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os 4 Ds 

3Ds. Sigla sinistra que um vendedor de andares apontava como causadora das más vendas que se estão a verificar. D de desemprego, D de doença e D de divórcio. Talvez o primeiro D não fosse tão previsível até há pouco tempo, mas os dois outros são sobejamente conhecidos. Talvez seja de acrescentar um quarto D, de demência de construção desenfreada.


terça-feira, 14 de abril de 2009

Conta-me como foi 

Quando nos anos 60 do século passado me iniciei no trabalho tive a sorte de a empresa empregadora ser moderna, para a época, e ter segurança social. Eram muito poucos os inscritos na segurança social, nas Caixas de Previdência. Só os empregados de alguma indústria e os dos serviços o eram. Na altura a agricultura ocupava a maior fatia da população activa, seguida da indústria e em pequeníssima escala os serviços. Era ponto aceite que quando os serviços ocupassem o primeiro lugar desta distribuição e a agricultura o último, o país passava ao grupo dos desenvolvidos. Pois nesses tempos de "em vias desenvolvimento"os serviços médicos das Caixas de Previdência eram de elevada qualidade humana, para os deles beneficiavam. O médico era de família, claro. E quando o paciente não podia deslocar-se era o médico que ia a casa dele, finda a consulta do posto. O paciente tinha nome e o médico também. Tudo isto é hoje tão distante que parece impossível que tenha sido assim. Agora que somos um país desenvolvido e com a economia ordenada como desejávamos, primeiro os serviços seguidos da industria e na cauda a agricultura.


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Timoneiros precisam-se 

Admitem-se timoneiros. Podia ser o conteúdo de anúncio de jornal se a frota pesqueira estivesse a crescer. Mas é ao contrário, apesar de sermos bons na pesca, sobretudo na longínqua, parece que a frota está a desaparecer. Os timoneiros que são precisos são os que peguem no leme das nações. Há um défice deles na Europa e logo agora com o mar tão agitado. Conduzir o barco de forma a vencer a borrasca é bem diferente de ir no barco e esperar que a tempestade passe. Por muita capacidade que tenham alguns grumetes para distrair a malta a bordo.


 

 


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