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quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Tempo dos Amores Perfeitos 

O livro "O Tempo dos Amores Perfeitos" de Tiago Rebelo é de 2006 e eu não conhecia o livro nem o autor. Li-o com interesse porque me esqueci de levar livros para Londres numa estadia mais prolongada que lá fiz e lá me foi emprestado por familiar. O livro não é de leitura fácil porque alterna entre partes de romance com ficção bem urdida e outras de texto que é quase um relatório militar. O livro tem a favor, entre outros aspectos, um de carácter subjectivo, o de tratar da vida familiar do primeiro Governador da Lunda: Henrique de Carvalho. Acontece que andei muito tempo pelo sul da Lunda nos tempos em que fui soldado e parqueei por lá, na cidade que ganhou o nome do tal Governador, quando havia colunas militares, reais ou inventadas. As paisagens e certas situações do livro são-me familiares; não gosto, contudo, da forma como o autor fala dos naturais; é uma fala bastas vezes colonialista levando embora em conta que a acção se desenrola no fim do século XIX. Tinha outra ideia do Coronel Henrique de Carvalho. A leitura valeu também pelo esclarecimento.


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Letra e Música
Letra e Música livro de
Paulo Castilho parece literatura “lite” mas está longe de o ser. Paulo Castilho no livro trata da vida pouco acomodada de uma portuguesa, Mónica Mendes, que teve algum sucesso como cantora no Reino Unido e nos Estados Unidos. A cantora viveu quanto e como quis. Gosto da forma como o autor escreve sobre a minha geração e a geração de 80. A minha geração, na pena do escritor, foi completamente inconsequente, deixando pouco lastro à geração seguinte. Gostei sobretudo do livro Fora de Horas, que já tem uns anos. Mas acima disso apreciei trabalhar com ele, no início dos anos 90 do século passado, quando foi director-geral das Comunidades Europeias no Ministério dos Negócios Estrangeiros. As sessões de trabalho, por muito tempo que levassem, nunca eram aborrecidas e os temas difíceis eram resolvidos com a sempre apreciada mestria do diplomata.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Das europeias 

O voto custou tantos anos e tantas lutas a conseguir que dói muito vê-lo agora ser postergado de forma grotesca sob os mais diferentes álibis, como o daquele entrevistado que numa das televisões disse que não ia abdicar de um fim-de-semana seguido de umas férias de aproveitamento de feriados para votar. Como ele mais de 6 pessoas em cada dez não votaram para as Europeias. Entretanto ouve-se por vezes gente a comentar que as eleições americanas são tão importantes que os europeus deviam poder votar. Tretas.


terça-feira, 2 de junho de 2009

Porque não a fecham? 

Sinal dos tempos ou tempo sem sinais. É a confusão que me ocorre quando vejo anunciado em autocarros da carris qualquer coisa como: escolhe o teu futuro, cursos profissionais, equivalência a não sei quê, inscrições até ao dia tantos do tal. E no fim do dito anúncio aparece escrito com um tipo de letra mais cómico que o standard "comic" Casa Pia. Talvez já não haja crianças necessitadas de instrução, de alimentos, de um tecto, de uma cama e de algum afecto. A crise, a pobreza, a fome e os miúdos a deambular pelas ruas deste país são uma abstracção. A Casa Pia não tem fila de espera nem necessita de ir à cata de deserdados da sorte e da vida. Põe anúncios na tentativa de preencher as vagas. É o mundo ao contrário.


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