<$BlogRSDUrl$>

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Negócios
Pergunto-me muitas vezes sobre o que fará certas empresas e outra organizações mudarem de logo. O logo é o símbolo mais impressivo e rápido de reconhecimento de uma marca; leva anos a entranhar-se e a menos que haja muito fortes razões para isso – por exemplo uma fusão de empresas - não vejo razões substantivas para ser mexido. Recentemente houve uma certa febre deste tipo de maquilhagem cá pelo rectângulo sem quem isso resultasse em valor para o consumidor ou para o accionista; antes pelo contrário. Os casos da Ana, da TAP, do Algarve, de um partido político e dos Correios são alguns exemplos que confirmam esta realidade. Mas vale a pena ler o artigo que aqui se sugere para ver como por vezes os resultados são devastadores. Leia então.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vidas 

O meu vizinho de cima tem comportamentos cada vez mais exasperantes. Dá sinal por volta das sete e meia, nervoso e ansioso. E de imediato põe-se a andar de cá para lá e de lá para cá e a dar saltos penso que sobre os sofás. Acorda a vizinhança com estes e outros barulhos nada comedidos. O meu vizinho de cima ficou sozinho depois dos outros ocupantes do andar se terem mudado para outra casa, mais consentânea com a melhoria recente do estatuto social. Às oito da manhã ouve-se a chegada da empregada e as falas carinhosas que lhe dispensa para o acalmar, o que nem sempre consegue. Mas os minutos que antecedem este encontro matinal são de um desatino inenarrável. Ladra forte, do tipo ão, ão, ão-ão-ão e por aí fora; no inverno chega mesmo a fazer o aúúúú dos lobos. Quando saio já a empregada e ele estão de regresso da volta indispensável ao alívio das necessidades dele. O meu vizinho de cima é um cão. Vive sozinho e tem empregada a dias.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009


.


Terras

É um sítio que eu sei mas não digo. Talvez o rio já corra poluído. Talvez. Mas ainda despolui os olhos que encaminham para alma o caos calmo da água e do verde das margens e das pedras milenares que já foram açudes que moviam moinhos. É um sítio em que o silêncio balanceia o deve e o haver dos dias em movimento moderado.
Posted by Picasa

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Goa ou o Guardião da Aurora 

Richard Zimler (des)escreve no livro Goa ou o Guardião da Aurora a forma como coexistiram raças e religiões na Goa do final do Séc. XVI. Tem como pano de fundo a vida de uma família de judeus portugueses, ainda ligada ao navegador Zarco, que teve de sair para a Índia e de como essa família se relacionava com os autóctones e a sua miríade de divindades e ritos. Conta a História de forma suave e absorvente mau grado ser à boleia de uma estória policial em que a inquisição e os jesuítas se mostram profundamente sanguinários. Coloca no enredo hindus, cristãos, cristãos-novos e muçulmanos, sendo afinal todos dominados pelo medo das fogueiras do santo ofício e concluiu-se que pode haver um bufo em quem menos se espera.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Vidas 

Deverá ser difícil a vida de um escritor ou de um jornalista de opinião - não sei se são assim denominados os que não são de reportagem. Tem de seguir uma linha de pensamento consentânea com a trama ou o tema, o escritor; e ser coerente com os valores que defende ou que normalmente expende, o jornalista. Deverá haver períodos em que não lhes sai nada sendo que terão datas de compromisso com editores ou redacções. A folha em branco e a esferográfica deverão ser objectos de amor e de raiva, de acordo com os momentos de produção e de oclusão. Por isso dispenso respeito e admiração aos bons autores. E não passo sem leitura.


This page is powered by Blogger. Isn't yours? -->