sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Vida e défice
O ano de 2009 foi de crise, a maior desde que me conheço. Para tornear os efeitos da crise todos os agentes económicos pediram ajuda ao Estado. Ainda assim, muitas empresas faliram e em muitas outras a actividade reduziu-se drasticamente, como o PIB mostra, o que resulta em menos impostos arrecadados. Subiu a despesa, baixou a receita e espantam-se os beneficiários com o nível do défice orçamental, superior a 9%. Há aqui uma dose grande de cinismo de quem tanto apelou à intervenção protectora das finanças públicas.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
A saída da crise discute-se se será em V, em U ou em W. Dizem uns economistas que a saída será em V, quer dizer que a recuperação da crise uma vez atingido o ponto mais baixo, se fará a uma velocidade mais acentuada comparativamente com a recuperação em U, em que a saída se fará mais lentamente de início e depois aliviará com maior rapidez. Já a recuperação em W é a mais frustrante. Semelhante ao V, quando se encaminha para a abundância a situação inverte-se e volta ao princípio. Cá para mim vamos ter uma saída em dentes de serra durante algum tempo, com a agravante de alguns dos dentes estarem cariados.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Vidas – Albert Camus
Camus não está na moda. Foi um dos ídolos da minha geração. Era obrigatório ler A Peste, O Estrangeiro, os Cadernos (ideia que Saramago viria a adoptar com os Cadernos de Lanzarote), enfim os livros de um escritor do absurdo. Esteve perto do poder mas recusou-o quando a mãe que lhe disse o que ele queria ouvir, que tais coisas não eram para eles. Morreu há 50 anos num desastre de automóvel.
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