<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Verão


Posted by Picasa

Verão, tempo de sardinhas,um prato bem português, ex-líbris de encontros, conversas e convívios. Típico slow food de quem aprecia pequenos prazeres e os almoços de horas que se alongam até que o calor se acalme e os pimentos, companheiros inseparáveis, deixem de se fazer sentir na difícil digestão.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ERICEIRA, ERICEIRA

Há oito anos que não ia à Ericeira. Dessa estadia retenho o fel dos telefonemas de um WHH e de um ajudante que se abreviava JPC. Que me iam facilitar a vida correspondendo aos meus insistentes pedidos de sair da old co. Ficaríamos todos bem na fotografia. Só precisavam que eu dissesse sim. Nunca disse que sim, porque não se diz sim ao que não se entende, mas avançaram mesmo sem procuração após o que se abateu um silêncio evasivo.

Ontem voltei à Ericeira numa noite típica das noites de verão da Ericeira. Chuva miudinha que encharca lentamente e liberta o cheiro das estevas e acirra a presença do mar. E a paisagem urbana a degradar-se. Entre o novo casario ainda se vêem os ex-líbris de sempre. O café Morais que me aturou em muitas das noites de Mafra, tropa de 1971. A Casa Gama famosa pelos queques quentes que impunham fila nos mornos fins de tarde de praia. A Toca do Caboz, restaurante que mantém o nome de há 50 anos mas que já não tem a açorda de marisco com o dito criado em viveiros próprios nas rochas entre o Hotel e o clube naval.

Estive no Mar à Vista, na arriba da praia dos pescadores, irreconhecível. Deixou de ser a tasca com percebes e outro marisco de cá para ser um pretensioso restaurante a brilhar mas sem qualidade a justificar os preços.

Ontem reconciliei-me com a Ericeira, que abjurei por duas vezes por razões diversas. A reconciliação com os sítios é fácil; com as pessoas nem tanto.


Ideia muito útil para certos momentos difíceis


sexta-feira, 16 de julho de 2010

No Frade dos Mares 

Hoje temos um dão e um alentejo, qual deles prefere. Alentejo. Faz bem, o dão não anda grande coisa, já foi bom, mas ultimamente nem por isso. Dá mais uma volta entre as mesas, hoje explicavelmente vazias, ensaia uns passos da música martelada que deve ter escolhido e volta à carga. Este alentejo mas reserva está uma coisa divinal, doce sem exagerar, encorpado e vai bem com o seu prato. Não, traga-me um copo do que escolhi, não gosto de reservas, são velhos, estagiados, prefiro vinhos novos. Muito bem. Percebe que não estou em dia de dar troco, larga-me da mão e vai encostar-se ao balcão para continuar a beber uma coca cola laite, fazendo sins com a cabeça ao ritmo sincopado dos martelos da música.


quarta-feira, 14 de julho de 2010


Cinque Terre


Fica a ideia de um acontecimento distante que se esfumou nas brumas do tempo embora vivido intensamente. Eles pequenos, curiosos, analíticos e a desfrutarem o máximo que podiam e a fazerem algumas experiências radicais que iniciaram e acabaram nesse Verão. E o mar, sempre o mar. Cinque Terre na Ligúria, um sítio onde apetece voltar e que sabe a nostalgia. São irrepetíveis as caminhadas a Manarola (na fotografia), Monterosso al Mare (que nos acolheu por ter o melhor mar e uma cozinha divinal), Riomaggiore, e Vernazza, enfim as cinco terras.
Posted by Picasa

domingo, 11 de julho de 2010

Marsans podres 

A silly season é sempre muito empolgante para quem gosta de acontecimentos insólitos. Ver um presidente de um clube chamar maçã podre a um atleta de eleição, que deu ao clube que representou por muitos e bons anos o seu entusiasmo e empenho, é feio. Podre, muito podre, isso sim foi a atitude da Marsans, operador de viagens e turismo que estava no país há tanto tempo e que se serviu do capital de confiança assim conseguido para ludibriar meio mundo que viaja. É assim que se vai escoando a confiança nas pessoas e nas instituições contribuindo para o depauperamento progressivo das relações entre as pessoas e os mercados. Coisa que os aumentos de impostos não resolvem.


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sodade, sodade 

A economia dos países está desestruturada, está. Não só a portuguesa mas a europeia e a estado-unidense em geral. E por isso não admira que estejam a acontecer coisas que Nostradamus e as testemunhas de Jeová já previam. Este acontecimento da golden share é extraordinário: se do negócio resultar que fique com a carteira cheia, o estado não deve usar a golden share; se dai acontecer virem-me ao bolso, é dever do estado usar a golden share. Cabo Verde é um paraíso na terra, daí que se explique vir de lá este desejo de sol na eira e chuva no nabal. Aliás, mais sol na eira do que chuva no nabal.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Uma história em tons de azul marinho.



Extensa mas explicativa, uma entrevista que vale a pena ler. Há pessoas com quem nos cruzamos com percursos de vida que não são assim tão inéditos. Se tem tempo e disposição clique aqui.
Posted by Picasa

This page is powered by Blogger. Isn't yours? -->