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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Natureza Viva


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Porquê?

O que fazemos meu alferes? A fogueira ainda fumegava e havia outros vestígios de presença de gente espalhados pelo terreiro de terra batida. Carimbos de pés descalços, camas de pau sob as árvores, um pente, um pilão de mandioca. Sabia-se de alguém a vigiar, a mira de uma metralhadora ou os olhos expectantes de uma criança? Era o quarto dia de uma saída de cinco. Estava-se quase no fim, quando surge aquela “vila” longe do mundo, rodeada por capim mais alto que a altura de um homem, junto a um riacho no sopé de uma elevação pronunciada. O que fazemos meu alferes, perguntava também o sargento, por mim seguíamos os indícios atrás deles. Lévú Cambuela, quioco de dentes aguçados, guia e carregador, que dizes? Meu arfere eu aqui não conheço as terras podemos seguir seguir e não saber voltar. O que fazemos meu alferes, perguntava o das comunicações com o rádio racal de mais de 20 quilos às costas, chamo o comandante e peço instruções? Espera rapaz, temos de bater primeiro a zona, dizia o alferes a ganhar tempo e a dominar a ansiedade; no rádio ouvia-se o lado de lá em constantes chamamentos “bária quarto é quinto a chamar, escuto”. E de cá não havia resposta. Ganhar tempo era a estratégia para não mergulhar na aventura. Ansiosa a soldadesca olhava em redor, dedo no gatilho e perguntava: o que fazemos meu alferes? Vamos sair daqui, subir o monte, acampar a meio e esperar pelas Berliet de amanhã. Foram e regressaram sem dormir. Uma metralhadora ou os olhos de medo de uma criança? Nunca se saberá. Era o dia treze de Maio de 1973. A norte da linha de comboio entre o Luso e o Cassai. Angola.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

****-se

Afinal a tempestade chegou aqui ao rectângulo mais forte e mais cedo do que pensava quando coloquei o pequeno post anterior a este. Ouvem-se entretanto muitas bocas, opiniões, teorias e raciocínios de uma lógica denegridora. Para nada. Avanço com uma previsão à Nostradamus: a crise não é portuguesa é europeia e está para durar. O crescimento esperado na Alemanha, o tal motor da Europa, será em 2012, à volta de 1%. O ajustamento europeu começou pelos países periféricos, o efeito de onda de choque, tão ao gosto de alguns economistas, está longe do fim.

A economia passou para oriente em particular para a China, Índia e para outros países da Ásia. O Vietname faz neste momento investimentos volumosos em Moçambique. A China está nas grandes obras públicas em Angola e noutros países de África. A Índia aposta em novas fontes de energia e na tecnologia. E por aí fora.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O nosso agora.

Continuamos a atravessar uma zona de grande turbulência. Os co-pilotos não ligam nenhuma ao comandante. O Avião é a União Europeia. Os poços de ar têm-se sucedido, mas não estamos livres de sermos apanhados por uma tempestade séria. Apertemos os cintos!


domingo, 2 de outubro de 2011

A hipótese do note book

Se começasse agora a viver muito do que fiz voltaria a fazer, tal e qual. Contudo, se possível, faria uma emenda simples mas de grande valor prático e preditivo. Anotaria o maior número possível de acontecimentos, conversas, factos, mesmo os considerados de menor valia, no momento em que ocorressem. Com duas finalidades fáceis de entender. A primeira, para não repetir o que de menos bom se vai fazendo por ignorância ou burrice. A segunda, para me confrontar (confortar?) mais tarde com os aspectos e comportamentos que, conhecidas as premissas num certo tempo vão desembocar em conclusões fora da lógica silogística que se aguardava, num tempo posterior.


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