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quarta-feira, 30 de maio de 2012

XPW


Umas cenas à Woddy Allen. O JPena no seu fato de bancário óculos evanescentes ouvindo e dizendo sim interrogativo mesmo conhecendo a novidade e o PNMollet que vai em 8 netos e que afinal ainda tem as coordenadas afinadas ao contrário do que diziam os mentideros e o Paul Mallet organizador do evento e cobrador exímio dos euros per capita fazendo sobrar uns cobres camarada de simpatia à flor da pele e dois xpartners que nunca vi na vida mas ao que parece faziam parte da folha de férias do Lx Office e vivem regaladamente no Algarve “no problema with violence there”  e a AMMoura assemelhando-se bem sucedida na praça judicial da república distribuindo business cards pela velhada que já não é stakeholder e o Belarmino M que não o boxeiro já finado mas o que estava e está sempre a exibir o rosto redondo e o bigode à esquadria híper feliz pronto a ajudar desde que seja chargeable e o JDuggan que está um sixty-ager adolescente na força da vida sem tempo de sobra para os outros deveres para além da vela e do golf e o CNMota que está magro por opção e que deixou de fabricar pasteis de bacalhau e rissóis porque as grandes superfícies deitam abaixo qualquer iniciativa que não seja subserviente ele o mesmo de sempre a bufar com cara saturada passado o período de garantia que aqui foi à volta de 2 horas e o JPCastro parceiro do meu lado direito à mesa sóbrio sem tocar em coisas feias passadas usando só cacofonias do tipo o sitio é bonito não conhecia isto ainda estás lá e eu que não sem saber onde era lá e ainda nada de esquecimentos o inefável Reis Azevedo dentes novos certinhos de alvura imaculada e cabelo preto sem falhas a contrastar com a cara rugosa e olhos diminutos coisas dos oitenta à guisa do também inefável Artur Garcia. Anos depois amigos de Alex misturados com inimigos de Alex e alguns penetras. Grande Woddy Allen só o teu génio conseguiria igualar uma realização destas uma mesa com muitos copos com uns pratos e com conversas cruzadas indisciplinadas em inglês trapalhão algum e português suave.    

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Ite missa est


Não tenho já motivos que me levem, motivado suficientemente, a trabalhar. Refiro-me ao trabalho profissão, bem entendido. Por um lado, não me dá jeito ético ocupar uma posição que poderia ser de um licenciado, e são 40% os que aguardam vez. Por outro lado o entusiasmo, o frenesim, a pica provocados pela novidade, pelo acompanhamento de uma equipa ou a pela consecução de um objectivo (hoje em dia objectivo é usado e abusado no futebol) foram-se desvanecendo do labor quotidiano. Vai daí concluo amiúde que nem acrescento valor; nem aponto caminhos. Vou parar. Com a mesma sensação de agrado com que ouvia a frase final da missa quando antes do concílio Vaticano Segundo era dita em latim. Ite missa est!

sexta-feira, 11 de maio de 2012


Bernardo Sasseti

É um dos pianistas de que se gosta. Mesmo para quem, como é o meu caso, não sabe muito sobre pianos e pianistas. Os  sons suaves, jazzistas, de Bernardo Sasseti, são para curtir ao fim da tarde ou numa noite quente de Verão. Foram estes sons que me aproximaram de BS há por aí uns dez anos, com um CD que teve razoável aceitação no nosso meio, o Nocturno. BS é dos poucos artistas que me acompanha sempre. Oiço-o sempre que a abstracção e a fuga mo pedem. Ou seja, oiço-o bastas vezes. E irá continuar a fazer-me companhia, tal e qual como até aqui. O grande mistério dos verdadeiros artistas é que não (nos) morrem.

terça-feira, 8 de maio de 2012


Uma forma de equilibrar o orçamento
Um cidadão sai cedo, vai a uma velocidade normal, estrada fora, quer chegar a tempo de um compromisso. Escolhe uma estrada pacata e em certo momento encontra o sinal de trânsito mostrado acima: velocidade máxima 70 Km hora. A estrada não é larga e naquela manhã estava sem tráfego. Qualquer condutor vai à confiança e talvez ultrapasse um pouco os 70 Km hora. Eis se não quando ouvirá e verá o disparo e a luz do flash de um radar. Chatice que me aconteceu, ia ser multado por ultrapassar os 70 Km hora. Mas não, eureka! Nada disso. A Notificação é taxativa, clara e esclarecedora. E chegou célere, uns 8 dias depois, graças à informatização, e diz: contravenção grave por ultrapassar os 50 Km hora! 50 Km hora! É verdade, porque a 70 metros do sinal lá está uma placa a indicar uma localidade. Vi a placa, vi; mas tal como na Segunda Circular, em plena Lisboa, se pode andar a 80 Km, pensei que naquela localidade, sem casario e sem lojas de comércio, sem nada, se poderia andar até aos 70 Km por hora, assumindo o papel pedagógico do sinal  de velocidade máxima. Talvez assim se consiga um reforço para o equilíbrio das contas públicas. A coima é a doer mas o pior pode estar para vir: a retenção da carta de condução. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Turismo em Portugal

                                                                                                        Colmar, França


Este sítio existe e com mais pessoas e vida do que o Rossio de Lisboa. Estamos persuadidos que o turismo é uma das saídas para a crise. Poderia ser se não fossemos este povo triste, ensimesmado, que raramente trata os estranhos com deferência. Alternamos entre o saloio e o subserviente, comportamentos laterais ou marginais se preferirem. Raramente sabemos cativar pela naturalidade e pelo bom gosto, raramente somos felizes na profissão que exercemos. O sol não chega para os nórdicos, e agora que as alterações climáticas estão a pôr tudo às avessas, deixamos de ter a exclusividade desta dádiva dos céus e temos de procurar alternativas. Vilas apraziveis como esta há por essa Europa fora muitas, com a vantagem de estarem a dois passos dos principais centros e as pessoas serem recebidas com simpatia e bom gosto.

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