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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ausências 

Tornou-se perigoso andar na rua. Transito caótico, roubos por esticão frequentes,  desacatos por razões  sem razão. E ser apanhado por uma manifestação mais viva não é de desconsiderar. Mais perigoso ainda se está a tornar escrever em redes sociais e blogs. Aproxima-se a passos largos um tempo de ajustamento de modos de vida e de comportamentos e lá os ganhadores irão querer ajustar  contas com os vivaços de hoje.  Os sintomas são muitos e  notórios. A discussão política já não se faz, tornou-se casuística, sobre impostos e sem alternativas.  As conversas sobre futebol são prolixas,  inúteis apesar de arrebatadas. As vidas de cada um são cada vez mais de cada um: as vidinhas. A economia parece seguir de perto os ditames da  escola de Chicago do Milton Friedman (“deixem funcionar o mercado”). A prazo tudo se resolve; a solução é que não se sabe qual será.

sábado, 13 de outubro de 2012

O jogo e as regras 

Em miúdos, a jogar  com os nossos amigos, não gostávamos de perder. Fosse à macaca, às escondidas, à bola ou à carica, não gostávamos mesmo nada de não vencer. Quando o jogo estava a derrapar,  se podíamos, alterávamos as regras do jogo para chegarmos ao fim vitoriosos. Éramos miúdos. Crescemos e paulatinamente fomos conhecendo e aceitando as regras.  Aprendemos que alterar a meio o que está combinado ou definido é batota. Experimentalismo, diz-se agora do comportamento dos jogadores que mudam as regras tantas vezes quantas as necessárias  para  conseguirem os resultados. IMI sobe, não já não sobe. TSU desce ou sobe ou nem uma coisa nem outra. IRS vai ter escalões galopantes, quando se ouvia que a fiscalidade estava num ponto de rotura social. Em miúdos ajustávamos as regras do jogo a meio mas em boa verdade tínhamos a concordância dos contendores. Crescemos.

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