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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Imbondeiro: a solução 


Contava-se em África a história de um gentio jovem que passava os dias debaixo de um imbondeiro.  Um amigo tentava insistentemente trazê-lo aos bons caminhos.Dizia-lhe:
- É pá tu devias tratar de estudar.
Para quê perguntava ele
- Para arranjares um bom emprego.
Para quê, interrogava
- Para ganhares um bom ordenado.
E depois, com o dinheiro
- Arranjavas uma mulher.
Sim e com isso
- tinhas uma família, filhos.
Emprego, família, filhos e o que se seguiria
- Seguiria que mais tarde te podias reformar.
Para quê? Perguntava com mais duvidas
- Para poderes descansar, tranquilo, debaixo de um imbondeiro
Então mas isso é onde já estou!
Isto é aplicável a Portugal, depois de tantas voltas, pecs, cortes, desemprego, impostos, taxas, manifestações, discursos, suicídios e outros horrores está onde estava, ou pior: 8% de défice.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Estou a mudar de clube 

Estou quase a mudar de clube. Fiquei sporting desde que me comecei a interessar por estas coisas do futebol. Por razões de simpatia familiar e porque naquele tempo o sporting ganhava tudo. Agora, por outras razões que não não vêm ao caso dei por mim a pertencer a um clube integrado por pessoas com que não me identifico. Os últimos azares do Benfica fazem-me pensar em como se pode morrer na praia tudo fazendo para evitar a rebentação. Como  sou de coração mole e não simpatizo com o sarcasmo do pintinho, aí estou eu nos braços de Jesus.  

domingo, 19 de maio de 2013

Com fusão; com ligação 

De regresso à piolheira sente-se já no aeroporto o ar pestilento da confusão reinante. Não teria qualquer efeito sobre quem chega não fora no voo virem maioritariamente portugueses. Alguns vivendo fora do país outros retornando de estadias curtas. Uns e outros sabem que nos próximos anos não haverá qualquer possibilidade de estabilidade social e que as suas vidas continuarão a sofrer das indefinições que diariamente são anunciadas pela imprensa, corrigidas depois por um qualquer porta-voz e postas em dúvida, por serem ainda passiveis de redefinição, por um membro do executivo. Decididamente a família que venho de visitar, agora aumentada, vai continuar a procurar a sua pátria onde é melhor considerada. Para eles e muitos milhões “a minha pátria não é a língua portuguesa”, é onde se pode viver com mais tranquilidade. E não é, hoje, Portugal.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A sétima porta e nós 



No contexto actual da geopolítica europeia, com reflexos muito visíveis no relacionamento económico e financeiro entre países, é bom que saibamos mais sobre a Alemanha e de como este país tentou subjugar a Europa não há assim tantos anos. Não o conseguiu então, mas o fermento terá lá ficado. De leitura fácil o livro “A sétima porta” de Richard Zimler, levanta um bocado do véu sobre aquela questão e sobre a vida das pessoas e países de então e sobre o preço inimaginável que pagaram para conseguirem ultrapassar a opressão; os que o conseguiram. Hoje as guerras podem desenvolver-se sem o recurso a canhões, mas com consequências igualmente gravosas.

O livro
Imagine-se um circo nos anos 30 do século passado. Com  acrobatas, malabaristas, palhaços, anões, gigantes, ilusionistas, animais, domadores e outras figuras  únicas. Junte-se-lhe uma escola para gente com necessidades educativas especiais: surdos, mudos, autistas e outros mundos, tão válidos como o dito real. A cidade é Berlim com muitas famílias judias e o livro pega numas quantas das que fizeram dela um dos centros do mundo, contudo com hábitos de alimentação, de relacionamento com o mundo e com Deus muito próprios. Ponham-se todas estas gentes em interação (com) numa sociedade em que a ideia  da supremacia ariana se vai progressivamente entranhando e ganhando seguidores de um político com objectivos  maquiavélicos, chegando a elegê-lo por maioria esmagadora. Este é o livro que com  dados históricos e alguma ficção descreve o que antecedeu o pesadelo da longa e mortífera segunda grande guerra (1939-45).



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Confiança 


Vivem-se tempos de terror. Os dias começam, em regra, com notícias mais gravosas do que as do dia anterior. Os 800 milhões de cortes passaram a 4 mil milhões e estes evoluíram para 6 mil milhões em pouco tempo. As pensões de reforma são um dos alvos preferidos e a progredirem assim os anunciados cortes, os reformados que se cuidem porque vão acabar mal, alguns na indigência. De manhã um porta-voz diz que vêm aí incentivos à economia; à tarde um outro porta-voz diz que as finanças precisam dos tais cortes para o país honrar os compromissos, o que equivale a dizer que aquela dos incentivos à economia é treta. O clima económico e social está a ficar irrespirável. A palavra mágica, confiança, deixou de ter sentido. Confiança em quê e em quem? 

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