segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Paris
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Um "site" diferente
Estranho
sentimento este que me toma ao ver na internet o falecimento do filho de um
amigo que não vejo há mais de quarenta anos. Avisado por um familiar da morte
do Matthew Cleto vou ao Google e com este nome caem páginas e páginas de
notícias, eventos, trabalhos e uma miríade de entradas sobre um rapaz de 17
anos cheio de vida, actuando em diversas áreas do desporto, à multimédia. Do
teatro à literatura. Luso-canadiano, Matthew já nasceu no Canadá, nunca o vi em
vida, mas vendo agora o vasto repositório de registos que ficam para além dele,
reconheço aqui e ali traços e expressões que vêm dos avós paternos e do pai.
Como esta foto que aparece em http://www.canadianobituaries.com/matthew-cleto-obituary-august-29-2013.html. Verdadeiramente um site diferente.
domingo, 13 de outubro de 2013
Défice e humilde contributo para o debelar
A saga continua. O défice. O mal está no número inusitado de
idosos e logo a seguir nas criancinhas, poucas mas dispendiosas. Estes duas
pontas da pirâmide populacional são responsáveis em larga medida pelo
desequilíbrio orçamental. A despesa em saúde não é, naturalmente feita ou pelo
menos não pesa tanto nas pessoas em idade produtiva; são os idosos e as
crianças que agravam esta rubrica orçamental. Nas crianças, que resistam as mais
adaptadas. Nos idosos, decrete-se um limite para os anos de vida. De outra
maneira não se consegue planear nada nesta aleatoriedade e contínuo
aumento de esperança de vida.
Na educação, de novo as crianças, Ou antes, os professores!
caríssimos e tantos per capita, com horários benignos. 40 horas de aulas
para todos, já! Ficam afónicos e têm de rever continuamente, em casa, o
trabalho de 35 alunos (agora o standard de uma turma)? Pois é, mas
esquecem-se que recebem principescamente, alguns mais de 1000 euros, repito
mais de mil euros por mês.
Ah! e essa é que muitos ignoravam e graças à, pedagogia
orçamental ficámos sabedores: há situações de acumulação de pensões do de cujos
com a pensão ou salário ou juros ou sei lá que mais do cônjuge sobrevivo. Já se
viu nalgum canto do mundo uma pessoa fazer descontos para deixar a cara metade
mais remediada depois da sua morte? Que morram os dois, assim sim, resolveriam
uma parte do problema do país. Diminuta talvez, mas emblemática.
Da justiça trataremos depois. Mas parece sobrevir um ajuste de
contas feito pelas próprias mãos. Já viram o que se pode, assim, poupar?
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
No Alentejo outonal.
A oliveira é uma árvore admirável.
Quando adulta passa bem sem rega mesmo nos verões mais severos, como foi este último. Basta um dia de chuva intenso para o olival retomar as suas cores
naturais e para a azeitona recuperar da quase mingua a que parecia destinada.
Agora é ver os campos mesclados de verde acinzentado e os galhos mais finos das
oliveiras a derrear sob o peso dos frutos que parecem inchados. No solo cresce
já o tapete do verde exuberante da erva, ainda minúscula, que em breve irá
tingir toda a planície. Em poucos dias a paisagem mudou como se de um
gigantesco cenário de teatro de tratasse. O doirado dominador deu lugar ao
tímido verde que avança à medida que os dias quentes vão cedendo à humidade e à chuva. A oliveira é uma árvore
que resiste a verões secos e a invernos rigorosos, não sem acusar os excessos
de um e outro. É normal. Contudo é a árvore escolhida pelo criador para, usando
a natureza, dar aos homens uma lição de resistência e estoicismo.