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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Gadgets 

Jantar com PMS. Dizia ontem a minha agenda e, qual robot pré-programado, fui. Tecnologia de lado, passámos aos gins, essa nova ciência que se encarregou de transformar uma bebida ancestral numa espécie de cozido à portuguesa: quer pepino?  e sementes de grué? hortelã ou coentros? casca de limão? Ponha tudo o que quiser, disse. Claro que com mais a água e o gelo o copo era um balde do tamanho daqueles de praia. Foi restituído tão cheio como veio, ajuda desinteressada do gelo que foi derretendo.
As conversas foram sérias umas e hilariantes outras. O que me começava a intrigar era a frequência com que o meu companheiro de repasto olhava o relógio. Pensava, "este gajo está a fazer frete, está com sono, quer zarpar". E passado um tempito lá arregaçava o punho e olhava o relógio. "Tique", também pensei, este gajo ganhou este tique. E zás, outra olhadela para o contador do tempo. Nã, o relógio é de ouro e está a chamar-me a atenção, quer conversa sobre o tema. Até que numa última consulta ao pulso, leva mais uns segundos e diz-me "a minha mulher está a precisar da minha ajuda, tenho de ir". Assaltou-me então a explicação  para a consulta tão repetida do bibelô pelo meu parceiro de comida, o relógio é destes que a Apple e outros lançaram, os ditos smart watch, que vão dando em rápidos flashes notícias, tempo, mensagens e tudo  o mais que cria desatino pela inoportunidade. É o admirável mundo novo do 24x7. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Domingo de sol 

Aproveitar o sol e relaxar em amena cavaqueira numa tarde de verão é o que se faz por essa Europa fora em dias como este. Domingo, arredores de Zurique. 



quinta-feira, 16 de abril de 2015

Mustarda é Dijon 

Há quem não goste de mustarda. E há quem por qualquer coisa diga que já lhe chegou a mustarda ao nariz. Dijon é a terra de excelência da mustarda. Chegou-nos ao nariz e ao palato. A terra é assim.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Onde está o Wally? 

Estou por aqui.
E contudo, tão perto de tudo.
Qualquer dia volto ao tudo e deixo de estar por aqui.


sexta-feira, 10 de abril de 2015

Techies 

Conheci muitas pessoas que sobre a tecnologia digital a odiavam, abominavam, repeliam, refilavam. Nada queriam com ela. Depois tornaram-se indefectíveis, seguidores, veneradores e até dependentes. Eu fiquei-me a meio da corrida, como aqueles corredores da maratona que vão à frente aos 20 quilómetros e desistem, com aquele sentimento de que daqui para a frente é abuso das capacidades físicas logo mentais, também. A tecnologia ajuda, não resolve. Exemplo, querer resolver o relacionamento da vida das pessoas através de call centers em domínios como da saúde, das viagens, dos seguros e eu sei lá bem mais o quê é querer tapar o sol com uma peneira. A taxa de sucesso destes telefonemas, stressantes para quem os faz e para quem os atende é questão que não é conhecida. Nem interessa que seja. As empresas livram-se da questão pós-venda, os putos do call center têm que arranjar o melhor patuá para se verem livres do galho que lhes aparece no menos tempo possível e o cliente que tinha o problema fica na mesma e muitas vezes com a conta do telefone bem inflacionada pelos longos minutos da chamada de valor acrescentado. Que nada acrescenta, diga-se, a não ser ter criado uma nova e vil servidão. 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Se a lua se deixasse 

E se a lua se deixasse 
Ir num efémero trilho assim
Ficava a ordem lixada
E a noite num breu sem fim.


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