"Olhai bem, porém vede!" João das Regras, crise de 1383-1385
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
RIP David Hurst
Dia estranho o de hoje. Numa cerimónia de extrema tristeza encontrei gente de quem nada sabia há anos, mais de uma década alguns, o que me deu prazer e alegria. O balanço tem resultado nulo. A cerimónia: funeral de David Hurst, parceiro de ofício de quem eu gostava e estou certo de que havia reciprocidade. Os encontros: gente boa com quem convivi nos anos de oiro. O Peter (“agora só nos vemos nestes eventos”), o Paul, o César, a Isabel (com um enorme problema às costas), e tantos outros. Gente grisalha e careca, eles, com quem dá gosto estar. Ah, é verdade, também estava o ZAC, que da habitual confusão dos assuntos de que fala em simultâneo, me informou, e isso percebi, que sendo um funeral anglicano havia mesa posta no final. RIP David.
Comer não é hoje, seguramente, a mera satisfação básica de uma necessidade, mas sim um ato social", afirmou o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional.
Esta frase deverá estar fora do contexto. Nesta afirmação comer é um momento de estar com amigos, com família, momento de negócios ou de convívio. Mas para muitos milhões de pessoas, no mundo comer é um acto vital. Há estudos que dizem que uma em cada nove pessoas passa fome, neste mundo, hoje.
"Portugal’s central bank suspended the auction of Novo Banco, which emerged from the wreckage of Banco Espírito Santo, because rival bids from potential Chinese and American buyers were too low. Some of the money the government had put into Novo Banco ahead of the auction could now show up in Portugal’s national accounts until a new sale process begins."
Quem diz isto é o The Economist de 18 de Setembro.
Domingo à tarde. Martim Moniz de agora. À volta os centros comerciais de um presidente de Câmara doido, de seu nome Nuno Abecassis. No platô acontecimentos vários. Dança, música, comida dos quatro cantos do mundo (o mundo é o único redondo com cantos), gente daqui e d'acolá e Lisboa que anoitece.
Ao ver esta notícia e sobretudo a fotografia que a acompanha, ocorreu-me uma palavra, defenestração e um nome, Miguel de Vasconcelos. Não sei se pelos sorrisos se pelas bandeiras que compõem o boneco. Há tantos anos que os conjurados fizeram história, 1640 não foi? Vou pedir a máquina do tempo aos Azeitonas, pode ser que consiga ver a Duquesa de Mântua no armário, o voo de Miguel de Vasconcelos, D. Antão Vaz de Almada a andar decidido e talvez D.João IV feito rei. Gostava de ver essa malta.
O Banco Espírito Santo de Investimento vai passar a chamar-se Haitong Bank, informou hoje a empresa chinesa em comunicado enviado à CMVM.
O anúncio da mudança de nome foi revelado ao início da tarde, cerca de uma hora depois de anunciado que o Novo Banco conclui venda do BESI à Haitong, por 379 milhões de euros. A instituição abandona a referência ao nome da família Espírito Santo.
O Banco liderado por José Maria Ricciardi passará agora definitivamente para o universo do grupo chinês Haitong. A possibilidade de o BESI mudar a sede para Londres tem sido referenciada nos bastidores do mercado financeiro, mas não foi confirmado pelo banco português.
Um ano e alguns dias depois vejo de novo os Azeitonas. As mesmas cantigas, o mesmo alinhamento, o mesmo espectáculo em suma. Como o tempo parece ter parado, gostei. É como se tivesse entrado na máquina do tempo e andasse um ano para trás. Azeitonas, estou-vos agradecido. "Quem és tu miúda?" e "O que é que estás aqui a fazer, pá?" voltam para o ano?
A Lisboa dos turistas tem uma qualidade superior à maioria das capitais da Europa. Houve com Lisboa um fenómeno de transformação que a geopolítica ajudou a criar. Com África, a do Norte que ficou recente e rapidamente a ferro e fogo, Lisboa e em geral o país, o dos brandos costumes, estão em alta no incoming de turistas, de pé descalço, de havaianas e de salto alto. A capital em particular nem se está a sair nada mal. Tem cantos e recantos melhorados que merecem ser visitados, melhor, merecem ser usufruídos.
"Cada vez mais perto do fim do verão, destaque para o balanço dos incêndios. Sabia que a área ardida ficou 35% abaixo da média da década? Até final de agosto arderam 54 mil hectares de floresta e matos, revelou a Autoridade Nacional de Proteção Civil."
Expresso Diário de hoje.
Também ando muito contente por me estar a cair incomparavelmente menos cabelo. Aliás, cada vez menos. A razão é a mesma da descida da área ardida. É que estou muito mais careca.