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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Bocas da tulha 

Estou a ficar sem poder criativo. Por isso recorri mais uma vez às minhas bocas da tulha. Acho esta apropriada ao momento:

Um comerciante tinha um gato que bebia leite de um prato valiosíssimo da Companhia das Índias.
Um dia um homem de negócios percebendo o valor da peça fez uma oferta pelo gato. Acordado o preço, perguntou: "E já agora não me vende também o prato?" Ao que o comerciante respondeu: Nem  pensar. No dia em que o fizer deixo de vender gatos". 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Tão querido... 

Peço desculpa por alguns erros no planeamento e por certos erros na nossa compreensão sobre o que iria acontecer depois de removermos o regime” – Tony Blair em entrevista à CNN sobre a intervenção no Iraque contra Saddam Hussein.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Bocas da tulha 

Ainda conservo o meu arquivo de "bocas". Ontem ao serão descobri esta de que gosto particularmente:

"o que faz o homem afogar-se não é a profundidade das águas mas a incapacidade de se manter à tona"


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Tartufos 

Luis Miguel Cintra. Finais dos anos sessenta. No antigo teatro da feira popular o grupo de teatro de letras apresenta-se com Tartufo, uma obra de Moliére. A estrela em ascensão era ele, Luís Miguel Cintra, ainda aluno de Letras. Ainda hoje a peça incomoda muita gente, naqueles anos incomodava muito mais. Mas como o teatro era na feira popular, os actores eram iniciados, o público era tido como o que intercalava a ida ao teatro com a ida aos carroceis e ao poço da morte, a PIDE nem se apercebeu. Quantos tartufos andam por aí, tantos anos passados, agora que o Cintra se retira.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Yes. What comes next? 



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Cenas 

Cena 1
A Volkswagen é uma importante marca alemã. Quem se vê a falar do problema dos motores VW e das consequências nos automóveis a nível mundial? A primeira-ministra e o  ministro dos transportes alemães, claro! 

Cena 2
O BES era a primeira marca nacional no domínio financeiro. Foi alvo de um complexo problema que o conduziu ao desmantelamento. Quem se viu a falar da questão e das suas consequências? O primeiro ministro ou a ministra das finanças? Não. Cá foi encarado como  um mero problema de reguladores e da justiça. Na economia os problemas têm  importância distinta conforme a geografia. Há a escala e a escola. Gosto da escola alemã. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Alzheimer ou a arte de surfar 

Um semanário há tempos dispensou cerca de 10% do espaço a uma nova estrela do oriente para em longa entrevista, entre outras pérolas, dizer que ninguém da família lhe falava por ele ter entregue ao regulador uns documentos que entalavam o primo por práticas pouco ortodoxas na gestão do grupo familiar. Ora para um observador de fora, que se saiba, parece que no meio dos documentos entregues não ia o cheque correspondente à devolução dos proventos de que terá beneficiado durante os anos de actividade no grupo familiar gerido pelo primo prevaricador. Há esquecimentos intrigantes. 

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