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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

As decisões indecisas 

Movimento Perpétuo Associativo

Deolinda

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vai parar!

-Agora não, que é hora do almoço...
-Agora não, que é hora do jantar...
-Agora não, que eu acho que não posso...
-Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

-Agora não, que me dói a barriga...
-Agora não, dizem que vai chover...
-Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, e é esta a direcção!

-Agora não, que falta um impresso...
-Agora não, que o meu pai não quer...
-Agora não, que há engarrafamentos...
-Vão sem mim, que eu vou lá ter...

Composição: Pedro da Silva Martins

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Bruxelas, Paris, uma mala 


Quando agora se fala de Bruxelas a propósito dos últimos acontecimentos de Paris e nas televisões mostram a Estação Central, lembro-me do que nos aconteceu quando a trabalhar para uma empresa de tabacos. Eu e o Paulo S. fomos do aeroporto para o centro de Bruxelas de comboio. O hotel era perto da Estação Central. Quando estávamos a fazer o check-in no hotel o Paulo S. diz-me “deixei a mala no comboio”! a mala trazia, para além dos objectos e roupas dele, documentação que importava ao trabalho. Nem pensámos duas vezes, voltámos à estação em corrida louca, mas o comboio já tinha partido. Para onde? Fomos perguntar ao chefe da estação explicando o sucedido. Para o aeroporto e volta, mas com uma mala abandonada poderia acontecer que naquele momento toda a linha estivesse parada. Esperámos um bom bocado até que o comboio, o tal, lá voltava à Estação Central e, numa carruagem vazia - vá-se lá saber porquê -, vinha a mala do Paulo S. Uff! levámos um ralhete do chefe da estação e o caso ficou por ali. Foi há mais de vinte anos, se fosse hoje, o menos que nos aconteceria seria uns tempos de interrogatório e outros etecéteras que nem consigo imaginar.   

sábado, 14 de novembro de 2015

Fogo regenerador 

Arde num fogo preguiçoso mas ainda assim inexorável o que foi o melhor do conhecimento de gestão e tecnologia dos anos 90 do século passado. Lembra um clichê que fez época: "agora que sabemos (sabíamos) as respostas, mudaram as perguntas". 

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Exagero ou talvez não. 



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Breve guia para um programa de governo 

Duas velhas muito surdas, falavam alto num banco de jardim, pensando que segredavam entre si. 
Diziam:

 -  Já viu dona Eleutéria, a nossa sorte, as nossas pensões cortadas, no supermercado  escolhemos  aquilo que é somenos, as rendas a aumentar, os nossos filhos saiem para Angola e os nossos netos para a Europa. Uma desgraça pegada.

 - Olhe Felicia, eles que façam de nós o que quiserem. Aceito tudo, mas não nos tirem da NATO!

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