<$BlogRSDUrl$>

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

E nós, pimba. 

Houve, de entre os candidatos, um que apresentou uma ideia para Portugal. Usou na campanha a palavra que faz perder votos: estratégia. Apontou os desvios que nos fizeram, fazem, ajoelhar perante os credores. Tem a idade dos sábios e um discurso linear. Veio de operário e chegou a empresário de sucesso numa indústria que se tem ajustado à tecnologia. Fez uma incursão na política funcional de que se afastou por discordar dos caminhos que se trilhavam; na política pura iniciou-se antes de 74. Tudo somado dá 0,84% dos votos expressos.


terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Gastar ou poupar? 

Pensamento primeiro (do dia).
O que será mais adequado ao momento que se vive: gastar até ao último tostão vivendo à grande e à francesa ou guardar as poupanças para uma fatalidade futura. Esta questão parece não ter reposta. Gastar já, com boa vida, implica a falência a curto prazo com o papinho cheio; poupar é uma privação actual para eventuais gastos futuros. Pelo andamento da carruagem as poupanças que existam acabarão por ser usadas nos buracos financeiros do país falido, sem qualquer gozo para o poupador. As alternativas afinal não existem, trata-se apenas de uma questão de tempo: falir hoje ou falir amanhã. E a como lei protege os audazes está resolvido, amanhã vai uma mista de mariscos em Paris, nos Campos Elísios regada a Moët & Chandon. Até pode acontecer não chegar a pagar a conta se um eventual sniper tiver a pontaria afinada.
Nota: já fomos o povo com maior propensão marginal para poupar; hoje ninguém poupa. Ou as pessoas têm medo da banca e o dinheiro graúdo anda por fora e o pecúlio miúdo está aconchegado no colchão?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

1000 páginas de Luandino 

Luandino Vieira. Mal com os Homens por amor Del-Rei e mal com El-Rei por amor dos Homens. Bom é acabar.
Luandino passou muito tempo da vida preso por convicções do foro da sua consciência, um pacifista se se quiser. Escreveu alguns dos seus livros mais conhecidos na prisão, onde ainda se cruzou com Manuel Alegre. Os temas sobre que  escrevia (escreve?) eram a vida e as pessoas dos  bairros de Luanda. Contados, alguns, em quimbundo razão adicional para conhecer as prisões de Luanda e o Tarrafal.  Valeu-lhe para sobreviver, a força anímica e a forma de escrever. Ganhou muitos prémios literários, um deles com o livro Luuanda, que deu lugar a uma dura disputa entre o Governo de então e a Sociedade Portuguesa de Escritores; era 1965. O dinheiro que conseguia era canalizado para o sustento da família. Lutou por Angola, onde permaneceu após a independência. No início de 1992 voltou a Portugal por não aceitar o estado de coisas que se viviam e que iam em sentido inverso ao que sempre defendeu. Razão para poder dizer como Afonso de Albuquerque, quando a inveja chegou à Índia: mal com os Homens por amor Del-Rei e mal com El-Rei por amor dos Homens. Bom é acabar. 


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Para ver sem pressa 

Se tem 5 minutos de intervalo e quer conhecer um dos lugares mais relaxantes da Terra, encoste-se, baixe o som do dispositivo que está a utilizar e veja...

https://m.youtube.com/watch?v=PnN-IjJTzos

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Novo Ano 

I


Reduz-se o reduto
E logo o perímetro
Da circunferência 
Consciente

Ele há gente 
Que mesmo à tangente
Se deixa de fora 
Agora mais exigente


This page is powered by Blogger. Isn't yours? -->