segunda-feira, 30 de maio de 2016
Interlúdio (9)
São os meus ícones. Estes dois elementos que encontrei na reposição dos objectos, depois de obras longas, fazem parte da minha estória. O livro é de Samuelson e foi nos anos sessenta uma lufada de ar fresco no panorama do ensino de economia, provavelmente não só em Portugal. Depois de se ver a economia pela via dos modelos matemáticos de Pereira de Moura, que obviamente eram redutores e abstratos, via-se a explicação correspondente no livro que a Gulbenkian, em boa hora publicou.
Para desenvolver esta actividade de estudante precisava de suporte financeiro. O cartão de 80 colunas, era, ao tempo, usado na informática para registo de dados. E foi com estes cartões e com a programação de quase código máquina que fui trabalhando, vivendo e pagando as propinas. Que não eram baratas.
domingo, 15 de maio de 2016
Interlúdio (8)
Dias chuvosos. Trovoadas semelhantes às impressionantes que tive a desdita de conhecer em África, com raios a faiscar em ziguezague policromático sobre o zinco das casas. Uma ou mais pessoas eram contempladas com a morte por um raio na época das chuvas. Aqui, e aqui é Alentejo interior, mal começam a ribombar os trovões as comunicações népia. Alguns dos dispositivos eléctricos demitem-se e a TV, por satélite (coisa fina), cala-se. Para se redimirem dos inconvenientes causados e estes sacrificados cidadãos, que se assustam com tais procederes e elementos da natureza, os deuses obsequiaram, ainda nāo havia passado meia dúzia de dias, o Alentejo com uma corbeille de malmequeres e papoilas que dão vida à vida. Condição sine qua non, não usar herbicidas, especialmente aquele de nome esquisito, da Monsanto.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Interlúdio (7)
Esta foi último voo dele numa semana alucinante. O benjamim chegou ao destino. Espero que se cumpra o que se diz: "todos temos um destino e com sorte é lá que poderemos ser felizes".