segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Interlúdio (27)
Serra do Açor
Os dias de Outono são por demais estimulantes. A temperatura do ar é, por norma, amena, a natureza pinta-se e veste-se das mais variegadas cores e roupagens. É o auge da criação na mais colorida expressão.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Interlúdio (26)
Os meus cães instrumentais
Duas vezes por dia dou uma saída com os meus cães. Sou tão amigo dos animais que nem sei a raça deles, são três, dois brancos, pequenos, com um pêlo semelhante a ovelha e outro grande e acastanhado como um carneiro de cobrição. No passeio da manhã, cedinho, enfio umas calças, calções no verão e uma camisola ou ticharte. Roupa confortável do corte inglês, bem cingida ao meu corpo que conserva ainda uma frescura jovial. Ar desgrenhado, cães pela trela, corpo esbelto, sigo para o objectivo. Não, não é levá-los à rua para o xixi e có có, é procurar as vizinha que também têm este gosto. A do cãozito rasteiro e orelhas rastejantes e a viúva da praceta que ostenta um garboso pastor alemão. Tiro as coleiras aos bichos que logo se envolvem bem brincadeiras carinhosas com os das vizinhas, coisa que dá o mote às nossas conversas e nos distraem da desculpa das necessidades dos lindos animais. Não sei onde cagam ou mijam, detalhes para os puristas do ambiente. Meia hora de conversa com com violinos em fundo. Assobio para os canídeos, reunidos volto a casa, atrasado e a pensar no trânsito da segunda circular, com conjecturas para o passeio da noite. Sim a viúva é mais sensível à noite; a do cão rasteiro já me falou em levarmos os animais até Sintra. Vamos ver. Da limpeza dos dejectos nem nos lembramos. Afinal pagamos impostos, algum funcionário há-de tratar disso. A relva vai ficando amarela mas a culpa não é dos meus três. Há outros, muitos, outros grupos com o mesmo propósito de conviver amando. Os animais! (Acho que esta pontuação final está errada. Ou talvez não)
🐩🐩🐺
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Interlúdio (25)
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Interlúdio (24)
Há pessoa que passam tangentes à vida quando poderiam estar dentro do círculo com grande facilidade. Jorge Palma é um artista muito acima da média no panorama artístico nacional. Escreve letras em português suave e canta com entrega (aquilo a que os ingleses chamam "delivery"). É um pianista que vai dos clássicos ao jazz. A guitarra nas mãos dele é coisa de brincar, dela tira todos os sons de todas as melodias. Contudo, lá vai andando com a cabeça entre as orelhas. É um dos artistas que me faz desviar o percurso para o ouvir. Ai Portugal, Portugal ...🎶🎶