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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Interlúdio (30) 

O fogo 


Talvez os primeiros filósofos, os fisicistas, tivessem razão quando, por fim  concordaram, que a natureza era feita de terra, fogo, ar e água. Tudo o que existe é composto por estes elementos físicos. É claro que depois vieram outros, outras escolas a mostrarem outras combinações de elementos. Muitos séculos depois Leibniz diz que  matéria é formada por mónadas (que alguns dizem que são os átomos). Separados por tantos séculos estes filósofos não estão em contradição, como a física quântica não contradiz a física clássica. Explica-a. Vêm-me estes pensamentos à superfície porque o fogo, um dos elementos, me fascina. Não o fogo dos incêndios, está bem de ver, mas o fogo da lareira. As chamas, as cores e a subtileza das formas, o ímpeto inicial do fogo e a modorra das quase cinzas. O barulho latente, preguiçoso, sem outra definição possível. E  a calma que estas combinações me trazem. Calma quase sono e o  cuminar do quentinho a contrastar com os cinco graus de lá de fora. O inverno, quando se porta bem, pode ser um bom companheiro.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Interlúdio (29) 


Lazer

Há sítios em que vale a pena estar. Pela forma de receber, pela gastronomia, pela companhia e sobretudo pela envolvente natural. Não simpatizando eu com o turismo de habitação, com agro turismo e o agora mais moderno airbnb, fui ainda assim parar a um acolhedor turismo rural , de seu nome Pé do Monte, na Costa Alentejana, em S. Teotóneo, que tem um ajustado “value for money”. Fica o meu testemunho.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Interlúdio (28) 

O mundo ao contrário 


Na Europa a economia portuguesa, Portugal no seu todo, representa pouco, muito pouco.

Mas dá um jeito do caraças aos eurocratas desviar as atenções e invocar qualquer coisa acerca de Portugal em momentos de tensão  internacional, e fazem isso como que justificando um trabalho árduo e rigoroso. É mais do que certo que estamos na euro-berlinda quando a máquina precisa de "encher pneus". Então aquele rapaz do Eurogrupo que é "chefe", aquele que também se enganou a descrever o seu CV académico, é exímio a dizer que as regras são para cumprir. Pena que seja só cá para o rectângulo.

Os funcionários não se viram para a França porque a França é a França, dizem eles. Sobre os países do Báltico nem uma palavra, dariam razões a Putin para os resgatar. Sobre Itália, Espanha e outros, não, porque são grandes economias sem serem economias grandes. Pronto. Até aquele alemão que trata do orçamento lá do país dele se permite dizer que dantes é que Portugal ía bem, como se a questão da indústria automóvel (VW, Audi, BMW,...), escândalo recente na sua casa, não fosse razão suficiente para se entreter. É sempre bom haver um marreco no grupo. Quando não há marreco marreco chama-se marreco ao tiver a ecoliose mais pronunciada.


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