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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Interlúdio (48) 

Querido Agosto 


Agosto está-se a finar. Com ele o grande verão também se despede paulatinamente dando um dia destes a vez à estação mais incaracterística, na minha minha opinião, que não considero modesta para não entrar em conflito estéril com o meu ego. O nosso querido Agosto das visitas e das festas. Da praia e do rio. Este ano, contudo, mês também de grande preocupação causada seca, pelos fogos, pelas sequelas que ficarão por muito tempo a mostrar-se. As vilas do interior voltarão à modorra dos dias sem vivalma. E a segunda e terceira gerações que este ano ainda vieram  - a falar melhor francês, mas também inglês e holandês - para o ano talvez não venham . E assim se (es)vai o país. Restam os pássaros.



domingo, 13 de agosto de 2017

Interlúdio (47) 

Annus horribilis 


O horizonte que se abarca desta casa é sempre nítido, bem desenhado e uma espécie de avisador da meteorologia dos dias seguintes. Hoje uma densa nuvem de fumo encobre a bela skyline habitual.

Mais perto, aqui, as árvores, que definham com a seca, estão cobertas de micro partículas de cinza dos fogos trazidas pelos ventos que, a espaços, sopram forte. As árvores são a parte visível, mas telhados, caminhos e terras estarão também assim. A memória é curta no que toca aos fenómenos atmosféricos, mas do  que me lembro, e já tenho consciência destes fenómenos há mais de meio século, este ano é  o annus horribilis, o mais tramado que nos calhou em sorte.

Nota: o lugar do Alentejo Interior onde estou ficará a significativos quilómetros do fogo mais próximo.


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Interlúdio (46) 


Lisboa em Agosto


Lisboa em Agosto é um gosto. É dos melhores lugares do mundo para estar. Comecemos pelo tempo. Amenizado pelo Tejo, com humidade relativa muito conveniente. Depois as pessoas, descontando os turistas que me parece estarem a cair ao Tejo, tal a quantidade que os há em terra, as pessoas emigraram daqui para imigrarem para ali, a maioria por cá. Os espaços ficam por um tempo mais habitáveis. Por último os restaurantes, os que resistem à tentação de fechar (Lisboa já não é uma cidade de negócios, é  de Turismo) tratam melhor os clientes, com bom ar condicionado e propostas prandiais de qualidade. 


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