sábado, 2 de fevereiro de 2019
Interlúdio (60)
Tempos
Esta quietude inquietante
Da charneca alentejana
Lembra a África
Do silêncio
E a mina que de rompante
Surpreendia o respirar
Um som seco clique pum!
E os soldados suspensos
Alguém apanhado pelo aço?
Há um ferido num braço
Há outro esticado na berma
Parece que ficou sem perna
O silêncio na charneca
Sem jornais sem televisão
Trazem-me à memória a mina
E o soldado refilão
Que com o braço desfeito
Num choro manso ciciava
Não fico assim pois não?
Esta quietude inquietante
Da charneca alentejana
Lembra a África
Do silêncio
E a mina que de rompante
Surpreendia o respirar
Um som seco clique pum!
E os soldados suspensos
Alguém apanhado pelo aço?
Há um ferido num braço
Há outro esticado na berma
Parece que ficou sem perna
O silêncio na charneca
Sem jornais sem televisão
Trazem-me à memória a mina
E o soldado refilão
Que com o braço desfeito
Num choro manso ciciava
Não fico assim pois não?