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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Vida sete 

Vieram depois mais séculos assim
Lentos na agonia de uma disputa
Entre o querer saber e a ignorância
Perdendo a inocência da infância
Mas sem nada mais para a preencher
Foi assim saltando entre receios
Que entre aulas sem fim e curtos recreios
Se foram derrubando as barreiras.
Cada ano, século, era uma batalha
Vencida à bruta, sem maneiras
Sabia só que sair ileso
E depressa da guerra de tantos séculos
Era o fito que retardava o adormecer
E logo agarrado ao acordar
Ar, ar, ar 
A falta dele era então o estímulo 
E em cada ano, século, que (se) passava
Via-se ao fim do túnel a claridade
Por que desde a Casulo ansiava.



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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Interlúdio (13) 


Proud of my son. One of the finalists!

In April, was launched the UBS Grand Challenge. The aim of the competition was to find innovative financial approaches to help address some of the biggest challenges facing society today.

Over 1,200 employees across the globe joined the challenge, making up over 300 teams, across all business divisions and regions. Together with CGD (Centre for Global Development) the UBS narrowed down the 245 proposals that were submitted, to the six finalists.

The final six teams will pitch their ideas to a committee of internal and external experts at the Global Final event on June 29, 2016 in Zurich. 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Interlúdio (12) 

Quando estavam 50 graus às 16 h no meu canto alentejano 


O VALIOSO TEMPO DOS MADUROS
Poema de Mário de Andrade
 
Contei meus anos
E descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente
Do que já vivi até agora
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras ele chupou displicente,
mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
Cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias
que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigam pelo
Majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,
Minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,
Muito humana; que sabe rir de seus tropeços,
não se encanta com triunfos,
não se considera eleita antes da hora,
não foge da sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.

 
"AMIGOS NÃO SE DESPEDEM,MARCAM UM NOVO ENCONTRO" 


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Interlúdio (11) 

Racionamento no pós guerra

Os tempos vão maus. Contudo,ao contrário do que pensam alguns conservadores, já houve outros muito piores. Para quem defende que antes  do vinte e cinco do quatro é  que era bom, deixo o testemunho de um Portugal terrível, de fome, do racionamento. Alguns meses depois do meu nascimento os Serviços de Racionamento exararam uma pequena nota, validada com carimbo a preceito, na contracapa da cédula de nascimento que atesta a minha chegada a este mundo.
Nota e carimbo que davam direito a que a família pudesse receber mais alguns, poucos, géneros como açúcar, arroz e massa. A segunda guerra mundial tinha terminado três anos antes. Em Portugal havia racionamento, ainda que não tivesse entrado na guerra e tivesse inicialmente rejeitado ajuda americana. Um mês depois desta nota inscrita na minha cédula o país  aceitava o apoio do Plano Marshall.


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Interlúdio (10) 

Chegaram os lírios roxos aos campos do Alentejo. Atrasados este ano por causa das alterações climáticas mas, ainda assim, demonstrando enorme paciência com a delapidação humana que está na base dessas alterações.
Entretanto por agora ainda vale o que diz a cantiga...

 Meu lírio roxo do campo,
Criado na Primavera,
Desejava, amor, saber,
Ai! Ai!
A tua intenção qual era.
A tua intenção qual era,
Qual era o teu proceder,
Meu lírio roxo do campo,
Ai! Ai!
Quem te pudesse ir colher!
Quem te pudesse ir colher,
Oh! meu amor, quem me dera!
Desejava, amor, saber,
Ai! Ai!
A tua intenção qual era!

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